Custos de construção em outubro aumentaram 4,2 %
[ETIENNE GIRARDET]/ UNSPLASH
Aumento do custo da mão de obra foi o maior contributo.
Segundo os dados estatísticos do INE, em outubro deste ano, a variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) situou-se em 4,2 %, taxa 0,9 p.p. superior à observada em setembro. Os preços dos materiais apresentaram uma variação de -0,1 % (-0,7 % no mês anterior) e o custo da mão de obra aumentou 9,7 %, mais 1,3 p.p. que em setembro.
Entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço estão os Betumes com uma descida de cerca de 20 %, as Madeiras e derivados de madeira e os Outros materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização com descidas de cerca de 10 %. Em sentido oposto, destacaram-se o Cimento com um crescimento homólogo próximo dos 10 %, e os Ladrilhos e cantarias de calcário e granito e as Obras de carpintaria com subidas próximas dos 5 %.
Ainda no mês de outubro, de acordo com os resultados do inquérito realizado pela AICCOPN junto das empresas que atuam no segmento da Reabilitação Urbana, registou-se uma interrupção na tendência de crescimento dos principais indicadores qualitativos. O Nível de atividade registou também uma quebra de 0,7 % face ao mesmo período do ano anterior
Quanto à Produção Contratada, indicador que mede o tempo médio de trabalho assegurado a um ritmo normal de produção, verificou-se uma redução para 8,7 meses, comparativamente aos 9,7 meses apurados em outubro de 2023.
Valor dos concursos de obras públicas aumenta 39 %
O valor dos concursos de obras públicas promovidos até ao fim do mês de outubro aumenta 39 %, atingindo os 7061 milhões de euros, face ao período homólogo
Nos primeiros 10 meses de 2024, os contratos de empreitada celebrados e registados no Portal Base, no âmbito de concursos públicos, corresponderam a 3180 milhões de euros, o que representa um aumento de 58 % em termos homólogos.
Estatística da habitação, até setembro de 2024
De acordo com a AICCOPN, o licenciamento municipal de obras de construção nova e reabilitação de edifícios habitacionais cresceu 2,3 % em termos homólogos acumulados, invertendo a tendência de queda anteriormente registada. Quanto ao licenciamento de fogos em construções novas, apesar da recuperação, ainda se observa uma quebra de 1,4 % em termos homólogos acumulados, para um total de 24 611 habitações.
O novo crédito à habitação, excluindo renegociações, concedido pelas instituições financeiras até setembro, aumentou 34,7 % em termos homólogos, o que corresponde a um crescimento até aos 12 311 milhões de euros.
No mês de setembro, o valor mediano da habitação registou uma valorização de 10 % em termos homólogos, em resultado de variações de 10,2 % nos apartamentos e de 8,6 % nas moradias. Na região Norte, o número de fogos licenciados em construções novas, até setembro de 2024, foi de 15.003, o que traduz um crescimento de 3,6 %, face aos 14.482 alojamentos licenciados nos doze meses anteriores. Destes, 21 % são de tipologia T0 ou T1, 27 % são de tipologia T2, 44 % de tipologia T3 e 8 % de tipologia T4 ou superior. Quanto ao valor de avaliação bancária na habitação, verificou-se, nesta região, uma variação homóloga de 10,9 % no mês de setembro.
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