Açores investe 2,7ME na estabilização de falésia nas Calhetas

Imagem: SRTMI

O Governo dos Açores lançou o concurso público para a consolidação da proteção da orla costeira das Calhetas, Ribeira Grande, num investimento superior a 2,7 milhões de euros para estabilizar uma falésia com habitações próximas.

Numa nota de imprensa divulgada no ‘site’ oficial, o executivo regional indica que o “concurso foi lançado em tempo recorde por se tratar de uma zona habitacional sujeita a constantes derrocadas”.

A obra de proteção da falésia das Calhetas tem um prazo de execução de 600 dias (quase dois anos), vai decorrer numa extensão de cerca de 180 metros e abrange as zonas das ruas da Boavista e da Boa Viagem, “onde se têm verificado os mais recentes deslizamentos de terras”.

De acordo com a nota de imprensa, esta intervenção (tipo quebra-mar de berma), apresenta, em perfil transversal, uma plataforma com coroamento à cota +8,0 metros, com largura mínima de 15 metros, e uma berma à cota +6,5 metros, com largura de 10 metros, cujos taludes têm uma inclinação acentuada - 3(H):2(V).

Está ainda prevista a construção de um descarregador com vista a eliminar a erosão provocada pela descarga de águas pluviais sobre a falésia.

De acordo com a Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, “o acesso à obra passará pela construção de uma rampa provisória para vencer o desnível entre o topo da falésia e a praia situada nas proximidades, não se prevendo condicionalismos à utilização da zona balnear, a nascente da intervenção”.

A 11 de abril, numa visita ao local, a secretária regional, Berta Cabral, indicou ter como “grande objetivo” adjudicar a obra em maio.

Desde o início deste ano que a Secretaria Regional, através do Laboratório Regional de Engenharia Civil e da Direção Regional das Obras Públicas, tem realizado monitorizações semanais e várias intervenções nas ruas afetadas pelas derrocadas, lê-se na nota de imprensa.

Na visita feita à freguesia das Calhetas, Berta Cabral disse que “no máximo dez habitações” estarão em situação de “maior risco”.

“As situações serão avaliadas e será dada prioridade àquelas que forem mesmo mais prioritárias. Quando virmos que a situação é mesmo critica, as pessoas terão de ser todas realojadas”, referiu.

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