Investimento em habitação em Águeda deverá atingir 30ME
A Estratégia Local de Habitação de Águeda (ELHA) prevê um investimento global de mais de 30 milhões de euros, entre financiamento municipal, privado, fundos europeus e captação de investidores externos, revelou a autarquia.
De acordo com uma nota de imprensa, que revela essa estimativa, a Câmara Municipal de Águeda promoveu uma reunião com as Juntas e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho sobre a implementação da Estratégia Local de Habitação.
“Neste encontro, para além das linhas mestras da ELHA e dos desafios que se pretendem concretizar até 2026, foi apresentado o 1.º Direito, Programa de Apoio ao Acesso à Habitação”, refere a nota.
Segundo a mesma fonte, o programa irá permitir financiar a construção ou reabilitação de património existente, “para apoiar pessoas que vivam em condições precárias, algumas já identificadas e outras que possam vir a ser acrescentadas pelas instituições”.
O encontro destinou-se a prestar esclarecimentos sobre o processo de candidatura ao financiamento previsto, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, e contou com a presença do vice-presidente da Câmara de Águeda, Edson Santos, bem como dos vereadores da Ação Social e Obras Particulares, Marlene Gaio e Vasco Oliveira respetivamente.
“Esta é uma das primeiras sessões de esclarecimento que prevemos realizar e o ponto de partida para reuniões diretas com as várias instituições, no sentido de encontrar soluções para os problemas habitacionais das famílias carenciadas do concelho”, disse Edson Santos.
Salientando que se trata de “um processo direcionado para as pessoas que vivam em dificuldades”, o autarca revelou que vai ser criado, no município, um gabinete “facilitador”.
Caberá a esse gabinete prestar apoio às instituições em termos de formulação das candidaturas ao programa, “para que as possam formalizar o mais rapidamente possível”.
“A janela de oportunidade é curta, considerando que, para conseguir um financiamento de cem por cento a fundo perdido, as obras a realizar terão de estar concluídas até final de 2026”, comentou.
A implementação do “1.º Direito” é uma das ações previstas na Estratégia Local de Habitação de Águeda.
Para Edson Santos, “é uma extraordinária oportunidade para resolver os problemas do património habitacional degradado e apoiar as famílias carenciadas”.
O programa visa apoiar “a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada”.
A União de Freguesias de Recardães de Espinhel, as Juntas de Freguesia de Aguada de Cima, de Macinhata do Vouga e de Valongo do Vouga, bem como as IPSS Conferência Vicentina, Património dos Pobres e Pioneiros já identificaram as necessidades no património habitacional e que poderão ser alvo de intervenção ao abrigo desse programa de financiamento.
Essa necessidade havia sido apontada aquando da elaboração da ELHA, que prevê a reabilitação de 45 fogos propriedade dessas instituições, com um investimento previsto de 4,9 milhões de euros.
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