Investimento de 1ME trava degradação de igreja de Paderne em Melgaço
Fotografia: Câmara Municipal de Melgaço
A Câmara de Melgaço, no distrito de Viana do Castelo, investiu um milhão de euros na primeira fase das obras de reabilitação da igreja do convento de São Salvador de Paderne.
Em comunicado, a Câmara referiu que o edifício apresentava “graves condições de conservação, com risco de perda de património”, sublinhando que as obras tiveram como objetivo “devolver a dignidade material” àquele monumento nacional, “potenciando a igreja como um recurso ativo para o desenvolvimento do concelho, mas também da região Norte, no âmbito do Turismo Cultural e Religioso”.
“Conseguimos, nesta primeira fase de obra, recuperar e reabilitar todo o edifício a nível estrutural”, referiu o presidente da Câmara, Manoel Batista.
A intervenção foi financiada em 500 mil euros pelo Programa Operacional Norte 2020, sendo a fatia restante suportada por fundos nacionais.
Segundo Manoel Batista, é agora necessário avançar para uma segunda fase, com intervenções “mais profundas ao nível do interior, de forma a concluir o projeto integral de conservação, restauro e requalificação de todo este património”.
Assim, e além da conservação e restauro do valor artístico que existe em cada parede, escultura, azulejo, teto policromo e retábulo, a segunda fase incluirá ainda novos equipamentos de iluminação, renovação do presbitério e do mobiliário litúrgico.
Será também implementado um novo sistema de luminária e sinalética de emergência, telecomunicações, sistema de som, novo circuito de tomadas, colocação de meios de primeira intervenção de combate a incêndio, sinalização de emergência, sistema de intrusão e de vigilância.
A igreja de Paderne, também conhecida como igreja do Divino Salvador ou ainda igreja do Convento de Paderne, está classificada como monumento nacional desde 23 de junho de 1910.
De acordo com informação que consta da página oficial da Direção Regional de Cultura do Norte na Internet, “a igreja foi construída no século XIII, em estilo românico, integrando-se na segunda fase do foco românico do Alto Minho”.
O templo “apresenta planta cruciforme, de cruz latina, harmonizada com as necessidades e funções de reduzida comunidade monástica rural, mas sendo notório a adoção de algumas soluções arquitetónicas que lembram pormenores da ordem Cisterciense, como a cabeceira tripartida e o transepto”.
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