Convenção da construção apresenta propostas para acelerar atividade

O setor da construção, reunido numa Convenção que debateu os desafios da habitação e infraestruturas, apresentou 34 propostas para o desenvolvimento e aceleração da atividade, incluindo medidas para atrair mão-de-obra e um apelo a legislação mais estável.

Num comunicado, a CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, a Ordem dos Engenheiros, a Ordem dos Arquitetos, a CIP – Confederação Empresarial de Portugal e o LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil deram conta das conclusões da Convenção da Construção, destacando as propostas para os setores da habitação e infraestruturas, que serão entregues ao Governo formalmente em janeiro e ao Presidente da República.

Foi apresentado, no encerramento da Convenção da Construção, o conjunto de 34 propostas destinadas a contribuir para o desenvolvimento do país e a aceleração desta atividade económica, refere a mesma nota, que sublinha que “o peso e o impacto do setor da construção não podem ser ignorados”, representando “cerca de 18 por cento do PIB e 49,7 por cento do investimento nacional” e assegurando “cerca de 800 mil postos de trabalho, ou seja, 15 por cento do total do emprego”.

De acordo com a mesma nota, “sobre a área das infraestruturas, foram identificados problemas como a falta de mão-de-obra qualificada, a excessiva litigância que grassa no setor, e a falta de planeamento do investimento”, sendo que “entre os 13 desafios à ação do Governo estão a definição de estratégias para controlar a inflação, a execução de uma política de imigração que agilize o reconhecimento de profissionais estrangeiros, a existência de um orçamentista certificado pela sua Associação Profissional e a criação de mecanismos de Governança e de Planeamento, que permitam estabelecer programas de investimento plausíveis de serem executados”.

Por outro lado, “no que diz respeito à habitação foram identificados os constrangimentos que alimentam a corrente crise”, sendo que “o licenciamento urbano é classificado como obstáculo ao investimento, assim como os impostos excessivos e a falta de mão-de-obra qualificada”, sendo ainda “assinalada a perda de competência técnica e de gestão especializada dos serviços públicos e a dispersão da tutela dos setores por vários ministérios”.

Assim, “entre as 21 propostas acordadas como resposta a estes problemas estão a promoção de um regime fiscal adequado, a alteração do sistema de licenciamento urbano, a simplificação das disposições para a contratação pública, a alteração da política de imigração para trabalhadores qualificados, a reabilitação do sistema cooperativo na habitação, e centralizar, no Governo, o Programa Nacional para facilitar a Reforma do Sistema de Licenciamento Urbano”, indicaram.

Citado na mesma nota, o Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando de Almeida Santos, justificou esta iniciativa com as “urgências da construção” que exigem “propostas de solução”.

O responsável pediu ao Governo apenas “que decida no sentido de um Portugal melhor”, frisando estar “disponível para fazer parte desse desígnio”.

Newsletter Construção Magazine

Receba quinzenalmente, de forma gratuita, todas as novidades e eventos sobre Engenharia Civil.


Ao subscrever a newsletter noticiosa, está também a aceitar receber um máximo de 12 newsletters publicitárias por ano. Esta é a forma de financiarmos este serviço.