Consumo interno de materiais cresceu em 2023
[MUFID/UNSPLASH]
O consumo interno de materiais (CIM) extraídos do ambiente foi de 160,1 milhões de toneladas, aumentou 1,7 % face ao ano passado e mais de 2,5 % que em 2014.
Segundo o INE, na última década e consequência de um acréscimo de 2,5 % do consumo interno de materiais e de um crescimento de 20,4 % do PIB, a produtividade na utilização de materiais aumentou 16,8 %, o que significa uma utilização mais eficiente dos materiais extraídos do ambiente.
A distribuição do CIM por categoria de material indica a importância relativa dos vários materiais e o seu potencial para reutilização, recuperação ou reciclagem.
Os minerais não metálicos foram os materiais mais relevantes, representando 61,7 % do CIM em 2023, tendo registado 61,5 % em 2022 e 60,3 % em 2014.
A biomassa, com um contributo de 22,4 %, foi o segundo material mais relevante. Comparativamente a 2014, os consumos de biomassa e de minerais não metálicos cresceram 12,7 % e 4,8 %, respetivamente, e os consumos dos materiais energéticos fósseis e minérios metálicos registaram reduções de 27,2 % e 4,3 %, respetivamente.
Em 2023, a extração interna de materiais aumentou 1,6 %, o que corresponde a 85,9 % do CIM. Este acréscimo explica-se pelos aumentos observados nos minérios metálicos (+33,2 %) e nos minerais não metálicos (+0,8 %).
Os materiais energéticos fósseis foram o principal material importado, em 2023, com 22,8 milhões de toneladas (36,0 %, do total), e a biomassa o material mais exportado, com 11,7 milhões de toneladas (28,8 % do total). À semelhança dos anos anteriores, as importações físicas foram dominadas por matérias-primas (42,4 %), enquanto nas exportações físicas predominaram os produtos acabados (60,5 %).
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