Antigo bairro operário de Loulé vai ser requalificado por 3ME
O Bairro Municipal Frederico Ulrich, antigo bairro operário de Loulé, no Algarve, construído nos anos 40 do século passado, vai ser requalificado e ampliado com um investimento inicial de quase três milhões de euros.
A Câmara de Loulé assinou a semana passada o auto de consignação da obra com a empresa Costa & Carreira, que tem agora cerca de dois anos para terminar a 1ª fase da reabilitação do Bairro Municipal Frederico Ulrich, correspondente a 18 fogos.
“Trata-se de um dia muito feliz para mim”, disse emocionada aos jornalistas Maria Crispim, que chegou bairro com seis anos, há 70 anos, e que foi realojada noutro local pela autarquia enquanto decorrem as obras.
A cerimónia de assinatura teve lugar numa rua ao lado daquele que era conhecido como o “bairro operário de Loulé”, adjacente ao estádio municipal.
Vamos ter a “reabilitação e ampliação do principal e o mais antigo núcleo urbano de natureza social existente na cidade de Loulé”, resumiu o presidente da Câmara Municipal, Vítor Aleixo.
O autarca explicou que os moradores dos 18 fogos onde vai ser feita a intervenção, em “moradias muito degradadas”, foram realojados temporariamente noutros locais do concelho, no que considerou ter sido uma “operação logística complexa”.
“Eu adoraria ter a felicidade de entregar as chaves [das casas depois de remodeladas] a estas pessoas que conheço” e que na sua maioria são idosas, afirmou Vítor Aleixo, que não se vai recandidatar ao lugar em 2025 por estar abrangido pela limitação de ter cumprido três mandatos consecutivos.
Para Vítor Aleixo, a reabilitação do Bairro Municipal Frederico Ulrich era o “primeiro objetivo” da sua estratégia de habitação para o concelho.
Depois da reabilitação do conjunto de fogos habitacionais, os seus ocupantes vão continuar a beneficiar do regime de arrendamento apoiado.
O antigo bairro operário foi projetado entre 1945 e 1947 pelo arquiteto louletano Manuel Maria Laginha.
Ao longo dos anos, os ocupantes foram edificando diversos acrescentos, visto que as áreas eram diminutas, o que levou a uma degradação do bairro.
Os trabalhos que vão ser iniciados têm em vista a requalificação e ampliação dos fogos atuais, assim como a correção de problemas estruturais, como a falta de isolamento térmico.
O arquiteto responsável pelas alterações que agora vão ser implementadas, Luís Pires, garantiu que a ampliação das casas vai ter “a mesma linguagem e as mesmas características morfológicas” do projeto inicial, mas adaptadas à comodidade dos tempos atuais.
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