Um milhão de euros para reabilitar convento e via-sacra do Bussaco

A Câmara Municipal da Mealhada assinou o auto de consignação da empreitada de “Requalificação e valorização da Mata Nacional do Bussaco - Recuperação do Convento de Santa Cruz e Capelas dos Passos da Via-Sacra”, uma obra que, na sua totalidade, representará um investimento próximo de um milhão de euros e que irá arrancar de imediato, obrigando ao encerramento, durante um ano, dos espaços alvo de intervenção.

O presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Rui Marqueiro, lembra que “a empreitada, adjudicada a uma empresa especializada, há mais de meio século, na reabilitação, conservação e restauro do património construído, engloba trabalhos de conservação e restauro em  fachadas, paredes e tetos interiores, recuperação de vãos interiores e exteriores, recuperação de coberturas e intervenções pontuais de correção em drenagem de águas pluviais e em pavimentos.” Acrescenta o autarca que “todas as obras a realizar obedecerão aos projetos aprovados pela Direção Regional da Cultura do Centro”.

Só no Convento de Santa Cruz (agora fechado ao público), serão investidos 543.269,24 euros (85% financiados por fundos comunitários – Programa Centro 2020, assumindo a Câmara da Mealhada o pagamento da contrapartida nacional, ou seja, 81.490,40 euros).

Já nas obras a realizar nas capelas dos Passos da Via-Sacra serão investidos 299.414,44 euros (56,78% financiados por fundos comunitários – Programa Centro 2020, ficando o Município da Mealhada responsável pelo pagamento da contrapartida nacional, que será de 129.414,44 euros). A Fundação Mata do Bussaco, para facilitar/permitir o bom andamento dos trabalhos, assumirá um conjunto de despesas relacionadas com questões logísticas e de limpeza de áreas envolventes.

“Para chegarmos a este dia, em que finalmente vemos luz ao fundo do túnel e vamos avançar mesmo com obras de reabilitação deste importantíssimo património edificado, de elevado valor histórico e cultural, foi preciso trabalhar muito, nunca nos resignarmos, sensibilizar vários responsáveis para a importância e urgência desta empreitada. Foi um processo moroso, árduo, às vezes desesperante, mas que valeu a pena”, afirmou Rui Marqueiro.

Já o presidente da Fundação Mata do Bussaco lembrou que “se não fosse o contributo financeiro da Câmara da Mealhada e o apoio incondicional e nunca regateado do seu presidente, nada disto teria sido possível”. António Gravato enalteceu também o apoio da diretora Regional da Cultura do Centro, Celeste Amaro, “que compreendeu a justiça das nossas reivindicações e esteve sempre do nosso lado, ou seja, do lado dos superiores interesses do património cultural, histórico, religioso e militar do Bussaco, que carece de intervenção urgentíssima”.

Os imóveis a reabilitar são património do Estado, encontrando-se os mesmos afetos à Fundação Mata do Bussaco há nove anos, por via do usufruto constituído por força do Decreto-Lei n.º 120/2009, de 19 de maio.

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