Produção na construção deverá acelerar para subida homóloga de 4,3% em 2021
O valor bruto da produção do setor da construção deverá aumentar 4,3 por cento em 2021, acelerando face aos 2,5 por cento de 2020 devido à “evolução positiva” da generalidade dos indicadores da atividade, avançaram as associações setoriais.
“No que concerne ao setor da construção, estima-se que o ano termine com um crescimento global de 4,3 por cento, do valor bruto da produção, em linha com as previsões da Comissão Europeia para a evolução do investimento em construção”, referiram as associações dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) e de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS) num comunicado conjunto.
De acordo com as associações empresariais, “a generalidade dos indicadores setoriais apresenta uma evolução positiva ao longo do ano”.
“O consumo de cimento no mercado nacional regista um crescimento homólogo de 5,9 por cento até outubro, para 2.868 milhares de toneladas”, precisam, enquanto “a área licenciada para habitação pelas câmaras municipais aumenta 17,2 por cento, nos primeiros nove meses de 2021, em termos homólogos”.
De acordo com a AICCOPN e a AECOPS, “tal como em 2020, constata-se uma elevada resiliência das empresas do ramo da construção, que, não obstante as dificuldades operacionais com fatores como os aumentos anómalos dos preços das matérias-primas, preços da energia e dos materiais de construção e a falta de mão de obra qualificada, entre outros, registam aumentos do ritmo de produção face ao ano anterior”.
No segmento residencial, as previsões apontam para que o valor bruto da produção cresça 4,5 por cento em 2021 (o mesmo nível de 2020), “refletindo o comportamento globalmente positivo dos principais indicadores de atividade”.
Entre estes, destaque para “o aumento de 25,6 por cento do número de alojamentos vendidos no primeiro semestre, o crescimento de 37,8 por cento do novo crédito à habitação até setembro e a valorização de 9,6 por cento dos valores de avaliação bancária para efeitos de crédito no mês de setembro, em termos homólogos”.
Já relativamente ao segmento não residencial, prevê-se “um ligeiro crescimento de 0,9 por cento, em resultado de um comportamento negativo na componente privada, a mais afetada pela crise pandémica, e cujo valor bruto da produção deverá contrair 1,0 por cento face a 2020, e de um comportamento positivo na componente pública deste segmento de atividade”.
Esta componente, “em linha com a evolução do mercado das obras públicas, deverá registar um incremento da produção de 4,0 por cento em 2021”, anteciparam a AICCOPN e a AECOPS.
Quanto ao segmento da engenharia civil, “deverá ser mais dinâmico em 2021”, estimando-se um aumento de 6,0 por cento do valor bruto da produção, o que traduz uma aceleração da atividade face aos 3,0 por cento do ano anterior.
Esta evolução reflete “o aumento do volume de contratos celebrados, que cresceram cerca de 49 por cento em 2020 e 23,9 por cento nos primeiros dez meses de 2021, em termos homólogos”.
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