Inquérito da Eurocities destaca as prioridades das cidades europeias
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Christina Genet
O Eurocities Pulse Mayors Survey 2025 mostra que os presidentes de câmara europeus partilham objetivos principais comuns e continuam a dar prioridade às ações climáticas.
Quais foram as prioridades das cidades europeias em 2025? O mais recente inquérito da Eurocities, uma rede que reúne cerca de 200 cidades do continente, procurou responder a esta questão. Para o efeito, foram inquiridos 86 presidentes de câmara de 26 países europeus. Tal como já tinha sido assinalado em 2024, destacam-se as ações climáticas, a habitação acessível e a inclusão social. Cerca de 63 % dos presidentes da câmara identificaram as ações climáticas como prioridade no Eurocities Pulse Mayor Survey 2025, que ocupam assim o primeiro lugar pelo terceiro ano consecutivo.
A habitação continua a ser outra grande prioridade, com 39 % dos autarcas a afirmarem que as casas nas suas cidades são inacessíveis, contra apenas 14 % que consideram que são acessíveis. Segundo o relatório, a subida dos preços da habitação deve-se maioritariamente a fatores como a procura superior à oferta, o aumento dos custos de construção e a disponibilidade limitada de terrenos. A mobilidade surge igualmente como um tema central para os presidentes de câmara: mais de metade considera insuficientes os investimentos em transportes públicos e enfrenta elevados custos de manutenção.
Tendo em conta os resultados da edição de 2025 do inquérito, a Eurocities conclui que os presidentes de câmara parecem convergir nos seus principais objetivos: a neutralidade carbónica, a habitação social e a mobilidade sustentável. No entanto, a organização assinala também variações regionais, nomeadamente os desafios em França e na Alemanha, onde os autarcas lidam com orçamentos limitados e um clima de desconfiança em relação às instituições. Por outro lado, os presidentes de câmara italianos consideram-se condicionados por uma autonomia fiscal reduzida. Já Espanha destaca-se por um elevado nível de confiança nos governos regionais e por um maior otimismo em relação ao futuro da União Europeia, que se traduzem em mais autonomia e investimento.
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