Foto PFP PO Contumil
Vivemos tempos de grande euforia no setor ferroviário.
Após décadas de abandono e desinvestimento, com o fecho de quilómetros de vias ferroviárias, alterou-se, finalmente, a filosofia de alcatrão vigente, muito determinada pela conjuntura europeia de cumprimento do Green Deal, a que muito meritoriamente Portugal aderiu.
Deu-se início, então, ao processo de sustentabilidade do sistema de transportes, com foco especial na ferrovia, muito exigente em termos estruturais e financeiros. Juntamente com o alinhamento das políticas nacionais com as europeias, este teve como fator distintivo e decisivo a disponibilização de fundos para a sua execução.
Assim, os desafios foram lançados: inicialmente com o Peti3+ (Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas 2015-2020), seguindo-se o Ferrovia2020 e o agora em curso PNI2030 (Plano Nacional de Investimentos) disruptivo em termos de valores de investimento: passou-se de 2 000 M€ de investimentos para 10 000 M€! (ver Figura 1)
É neste último, o PNI2030, que se destaca a nova linha de alta velocidade para passageiros, Lisboa-Porto-Vigo, à qual muito recentemente se adicionaram os anúncios da alta velocidade Lisboa-Madrid, a nova ponte TTT (3ª Travessia do Tejo) e o novo aeroporto em Lisboa.
Todos estes representam grandes desafios e exigências para a nossa Engenharia, quer em termos de prazos de execução, quer em recursos financeiros, tecnológicos e humanos, pelo que teremos de estar à altura para lhes dar resposta.
Será necessário (...)