Empresa portuguesa constrói primeiro edifício híbrido em Espanha
Fotografia: DR
A construtora portuguesa Grupo Casais deu início à montagem da estrutura do primeiro edifício de construção híbrida (madeira e betão) em Espanha, depois de inaugurar uma empreitada semelhante em Guimarães.
O projeto do Hotel B&B Madrid Tres Cantos, situado no município de Tres Cantos, em Madrid, é assinado pelo atelier TdB Architects, do arquiteto Fernando Herrero, no âmbito da parceria Sunny Casais.
A concretização está a ser feita pela UTE (Unión Temporal de Empresas), entre a CASAIS ESPAÑA DE INFENIERIA Y CONSTRUCCIÓN S.L. (EIC) e a ACR CONSTRUCIONES, SA, parceria que tem como objetivo a construção de duas unidades hoteleiras em Madrid.
Este hotel tem um projeto de construção híbrida que tem como base o sistema CREE, uma solução industrializada, com estrutura e fachadas pré-fabricadas. Trata-se de um edifício com cinco pisos e 120 quartos, onde as casas de banho e parte das redes e instalações especializadas serão também pré-fabricadas.
A TopBIM, empresa do Grupo que presta serviços de arquitetura e engenharia para a indústria da construção, foi responsável por algumas fases, como a coordenação dos desenhos da pré-fabricação, ou até por auxiliar na materialização do planeamento 4D, “que terá um papel fulcral no alinhamento da construção e assemblagem de todas as fases da obra”, lê-se em comunicado enviado à redação.
“Vemos o início desta etapa como um passo importante para aquele que gostaríamos que fosse o futuro do setor. Acreditamos que temos um papel fundamental nas sociedades e comunidades e, por isso, trabalhamos para que o nosso contributo em prol de um setor mais sustentável possa fazer a diferença”, referiu o CEO do Grupo Casais, António Carlos Rodrigues.
Desta forma, é introduzida, em Espanha, uma tipologia de construção ambientalmente mais sustentável e mais célere, o que significa que o tempo de obra é reduzido. De acordo com o Grupo Casais, este é um sistema capaz de reduzir a pegada de carbono em mais de 60 por cento, devido ao uso de madeira de engenharia e de um terço do betão de um edifício tradicional.
Para além destas características, este tipo de solução industrializada e pré-construída comporta a capacidade de evitar demolições e promove a possibilidade de reutilização posterior noutros edifícios, representando, assim, “uma vantagem na possível poupança de tempo, dinheiro e recursos”.
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