AGRECO, um material para construção à base de resíduos urbanos

FOTO CHAMPVERTI/ PIXABAY
Christina Genet
No passado dia 6 de maio, a Mota-Engil Next e a Valorsul apresentaram a sua mais recente inovação destinada ao setor da construção: um agregado artificial para pavimentos rodoviários.
Mais de 500 000 toneladas: é a quantidade de resíduos domésticos que a Valorsul, entidade responsável pela gestão de resíduos urbanos na Grande Lisboa e Região Oeste, trata todos os anos. Mas como valorizar estes detritos, provenientes de uma população de mais de um milhão de pessoas? O AGRECO é uma tentativa de responder a esta pergunta. A Mota-Engil Next em cooperação com a Valorsul lançou este agregado artificial para construção no passado dia 6 de maio no Porto.
Embora apresente características idênticas às dos agregados naturais britados de granulometria extensa, o AGRECO revela-se como alternativa mais sustentável, com benefícios tanto ambientais como económicos. De facto, por cada tonelada de resíduos urbanos incinerados são produzidos cerca de 200 kg de escórios. O material obtido após a combustão e um processo de triagem, afinação e maturação pode gerar agregados artificiais e assim substituir recursos naturais na construção, nomeadamente para utilização em pavimentos rodoviários. Permite também reduzir o espaço em aterro e prolongar o tempo de vida útil dos resíduos urbanos.
A primeira aplicação do novo agregado está prevista no Aurios, um empreendimento residencial de luxo portoense, à margem do rio Douro, criado pela Emerge, uma marca da Mota-Engil.
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