Universidade de Coimbra quer aumentar eficiência energética em habitações

AJITANSHU VEDRTNAM (À ESQ.) E NELSON SOARES (À DIR.)
Christina Genet
O trabalho de investigação baseia-se na integração de Materiais de Mudança de Fase (PCM) em paredes, tetos e pavimentos.
Aumentar a eficiência energética das habitações portuguesas. É esse o objetivo de um projeto internacional coordenado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). Intitulado “Optimizing Energy Efficiency with PCM Integration in Portuguese Residences (3D-EE-Struct)”, o trabalho de investigação visa integrar Materiais de Mudança de Fase (PCMs) em elementos construtivos como paredes, tetos e pavimentos.
Estes materiais funcionam como “baterias térmicas”, explica Ajitanshu Vedrtnam, investigador da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) da FCTUC. São capazes de regular naturalmente a temperatura interior ao armazenarem calor durante o dia e libertá-lo quando necessário, reduzindo a dependência de sistemas ativos de aquecimento e arrefecimento.
Poupanças energéticas até 25 %
O 3D-EE-Struct centra-se especialmente em estruturas leves de construção, adaptadas ao clima português, detalha ainda o especialista. “Tem como principais objetivos reduzir o consumo energético e as emissões de gases com efeito de estufa nas habitações […]”. Além disso, pretende otimizar a integração, localização e tipo de PCM, através de modelação computacional avançada e testes laboratoriais.
Nelson Soares, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da FCTUC e investigador da ADAI, tem grandes esperanças quanto aos resultados. “Esperamos conseguir poupanças energéticas até 25 % nas necessidades de aquecimento/arrefecimento em pequenas habitações.”
O projeto foi desenvolvido em colaboração com especialistas de Portugal, EUA, Eslováquia e Índia, e financiado com uma bolsa de cerca de 173 mil euros no âmbito das Bolsas de Pós-Doutoramento Marie Sklodowska-Curie, atribuídas pela Agência Executiva Europeia de Investigação (REA), através do Programa Horizonte Europa.
Outros artigos que lhe podem interessar