Redesenho dos espaços exteriores escolares para comunidades sustentáveis e inclusivas

Fotografia: Alexandra Alegre
O aquecimento global afecta os ecossistemas com períodos cada vez mais comuns de extremos climáticos (ondas de calor, inundações, etc.), com impacto na segurança humana, no aumento da morbilidade e/ou mortalidade, e um consequente aumento do consumo de energia e deterioração da qualidade do ar. As características físicas das cidades têm agravado as suas consequências, requerendo intervenções de adaptação e de mitigação do impacto das alterações climáticas, do uso eficiente de recursos naturais e da valorização das “especificidades territoriais a nível ambiental, social, económica e cultural, resultantes do quadro biofísico e das condições de vida da sociedade que o habita”.
Para além da adaptação aos riscos associados às alterações climáticas, estas iniciativas devem considerar também acções regenerativas, aumentando a capacidade de resistência, questionando comportamentos e estruturas que contribuem para a vulnerabilidade ambiental e social. O apoio a iniciativas locais, lideradas pelas comunidades, e o papel fundamental das autoridades locais, como os municípios, são cruciais neste processo.
As escolas são espaços e instituições de referência, facilmente reconhecíveis geograficamente e no seu papel agregador pelos membros da comunidade. Nesse sentido, podem assumir um papel fundamental na adaptação das comunidades às alterações climáticas, quer na disseminação de conhecimento, quer no reconhecimento como espaços de qualidade e referência no bem-estar ambiental e social das comunidades. (...)
Por Alexandra Alegre e Patrícia Lourenço, CITUA, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa
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