Programa ReSist reforça a resiliência sísmica em Lisboa

FOTO TEOJAB/ PIXABAY

Christina Genet

A Câmara Municipal da capital portuguesa quer tornar o seu parque edificado mais resiliente face a riscos sísmicos futuros, através do programa ReSist.

Em 2025, Lisboa assinala os 270 anos do grande terramoto de 1755, com uma magnitude de 8,7 graus na escala de Richter, que danificou gravemente a capital portuguesa. Neste contexto, a autarquia desenvolveu uma iniciativa com o objetivo de tornar a cidade mais preparada para os riscos sísmicos.

Lançado em 2022, o Programa ReSist pretende proteger melhor o parque edificado e as infraestruturas urbanas municipais através de 47 medidas. As ações desenvolvidas no âmbito do programa visam nomeadamente a normalização de standards técnicos e metodologias de avaliação da vulnerabilidade sísmica da cidade. Outro eixo importante do projeto passa pelo lançamento de campanhas de inspeção, bem como pelo desenvolvimento de projetos e obras de reforço estrutural.

O programa visa também reforçar o envolvimento da sociedade. Estão já em curso várias iniciativas, desde o apoio técnico a proprietários até ações de sensibilização e formação. Além disso, o ReSist pretende atuar na simplificação dos licenciamentos e lançar uma bolsa de técnicos acreditados.

Em agosto passado, pouco depois de um sismo de 5,4 na escala de Richter ao largo de Setúbal, a Câmara Municipal de Lisboa lançou a aplicação LxReSist. Esta tem como objetivo permitir aos residentes da capital o acesso a informação sobre o risco sísmico dos edifícios onde habitam. Tendo em conta que cerca de 60 % dos prédios lisboetas foram construídos antes de 1958, a Câmara Municipal estima que metade dos edifícios da cidade não resistiria a um sismo, destacou o jornal Expresso em fevereiro 2023.

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