Licenciamento de obras de edificação e reabilitação cresce 5,1% em janeiro

O licenciamento total de obras de edificação e reabilitação cresceu 5,1 por cento em janeiro face ao mesmo mês de 2021, sustentado por variações de 7,1 por cento nos edifícios residenciais e de -0,8 por cento nos edifícios não residenciais.

Na Análise de Conjuntura do Setor da Construção, a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) indicou que ao nível do licenciamento de fogos em construções novas este atingiu 2.489 fogos em janeiro, mais 12,8 por cento do que no mesmo mês de 2021.

Em relação ao montante dos novos empréstimos concedidos aos particulares para aquisição de habitação, a AICCOPN precisou que este atingiu um total de 1.187 milhões de euros, mais 22,6 por cento do que em janeiro de 2021.

A AICCOPN afirmou que nos primeiros dois meses de 2022 houve uma estabilização do volume promovido em concursos de empreitadas de obras públicas face ao período homólogo de 2021, sublinhando, contudo, que o montante total dos contratos de empreitadas de obras públicas objeto de celebração e registo no Portal Base apresentou uma significativa redução, de 29,9 por cento, face ao período homólogo de 2021.

Referindo-se ao consumo de cimento no mercado nacional nos primeiros dois meses de 2022, a AICCOPN referiu que este totalizou 635,1 milhares de toneladas, mais 18,2 por cento do que no mesmo período de 2021.

A associação sublinhou que no que respeita ao investimento, as previsões são agora mais otimistas, esperando-se um incremento de 9,2 por cento, acima dos 7,2 por cento previstos anteriormente, apesar do cenário menos positivo em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e ao agravamento da inflação.

O investimento em construção representa 50,3 por cento do investimento total e o Banco de Portugal destaca, precisamente, uma perspetiva de aumento significativo da implementação de projetos financiados por fundos europeus, com o investimento público a crescer a uma taxa média anual de 13,5 por cento, no período 2022-2024, e o investimento residencial 5,8 por cento, este ano, afirmou a associação.

No Boletim Económico de março, o Banco de Portugal reviu em baixa o crescimento do PIB, de 5,8 por cento para 4,9 por cento, e agravou a estimativa para a inflação, com o índice harmonizado de preços no consumidor a aumentar de 1,8 por cento para 4,0 por cento em 2022, recordou a associação.

A AICCOPN também sublinhou que os dados recentemente publicados pelo Instituto Nacional de Estatística relativos às transações de alojamentos familiares, do quarto trimestre de 2021, revelaram novos máximos trimestrais, com 45.885 alojamentos transacionados, num montante global de 8.225 milhões de euros, o que traduz aumentos homólogos de 17,2 por cento e de 34,9 por cento em número e em valor, respetivamente.

“Relativamente aos preços dos imóveis, assistiu-se à manutenção da tendência de crescimento, com o índice de preços da habitação no quarto trimestre a valorizar-se 11,6 por cento em termos homólogos”, acrescentou.

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