Inteligência Artificial na construção: automatizar tarefas em contextos de reduzida normalização da informação

FOTOGRAFIA: GABIGI/ UNSPLASH
Obstáculos à automatização de tarefas
Em 2025, as debilidades na normalização da informação da construção em Portugal repetidamente identificadas ao longo de décadas mantêm-se. Os projetistas nacionais organizam os Mapas de Quantidades de Trabalho (MQT) da forma que lhes parece mais adequada. As medições são organizadas e realizadas sem uma regra que uniformize as abordagens adotadas pelos técnicos. Os municípios têm exigências diferentes para os processos de licenciamento urbanístico. O diagnóstico é sobejamente conhecido, e a pertinência do tema só se deve à sua persistência e às suas consequências. É difícil reutilizar preços unitários de construção para estimar custos em processos de concurso. O licenciamento de projetos é moroso e complexo.
A emergência do BIM, impulsionado pelo mercado e pela legislação, deverá evidenciar estas debilidades. Enquanto a maturidade BIM da generalidade dos agentes da construção nacionais não for suficiente, acredita-se que as expetativas dos donos de obra relativamente a esta metodologia possam ser defraudadas.
Se é verdade, por exemplo, que é possível automatizar a extração de quantidades a partir de modelos BIM, tal só se consegue se os modelos forem construídos com este fim em mente, de acordo com regras de medição que, como se sabe, não são aplicadas de um modo uniforme. (...)
Autor da coluna Tecnologias de Suporte à Construção
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