Construção e imobiliário com evolução globalmente positiva até setembro

O setor da construção e imobiliário registou até setembro uma evolução “globalmente positiva” dos principais indicadores de atividade, apesar dos constrangimentos associados ao aumento dos preços das matérias-primas, energia e materiais de construção.
De acordo com a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), o consumo de cimento no mercado nacional até ao final de setembro aumentou 1,9 por cento face a igual período do ano anterior.
Quanto ao licenciamento municipal, registou também “uma evolução positiva” nos primeiros oito meses do ano.
“Nos edifícios não residenciais apura-se um aumento de 6,4 por cento da área licenciada, em termos homólogos, desde o início do ano. Quanto aos edifícios habitacionais, observa-se um aumento de 1,6 por cento do número de fogos licenciados em construções novas, para um total de 20 258 alojamentos e uma estabilização ao nível da área licenciada, com uma variação de apenas -0,1 por cento, em termos homólogos acumulados”, avançou.
Já relativamente aos custos de construção de habitação nova, no mês de agosto de 2022 o respetivo índice aumentou 12,6 por cento, em termos homólogos, em resultado de variações de 16,6 por cento no índice relativo à componente de materiais e de 6,9 por cento no índice relativo à componente de mão de obra.
Até ao final de agosto, o montante de novo crédito à habitação concedido pelas instituições financeiras totalizava 10 900 milhões de euros, o que traduz um aumento homólogo de 11,4 por cento.
Ainda segundo a associação, no mercado das obras públicas “não se registam alterações significativas, mantendo-se os registos de queda nos concursos e nos contratos de empreitadas celebrados”.
“Até ao final do terceiro trimestre, o volume de concursos de empreitadas de obras públicas promovidas apresenta uma redução de 15,9 por cento em termos homólogos e o volume de contratos celebrados e registados no Portal Base regista uma variação homóloga temporalmente comparável de -36,5 por cento”, detalhou.
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