Quebrando Barreiras na Conservação do Património Moderno

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O período entre a criação de um edifício e a sua proteção e conservação nunca foi tão curto como é para o património da era Moderna. A Bauhaus, de Walter Gropius, tinha apenas 40 anos quando passou a integrar a lista, em 1964. A cidade de Brasília, desenhada em 1956, foi inscrita como Património Mundial em 1987. As tentativas para inscrever a Ópera de Sydney começaram apenas 11 anos após a sua conclusão, em 1973. No entanto, apesar dos esforços, cedo iniciados, de proteger e conservar os lugares mais icónicos da era Moderna, só na década de 1990 a conservação do Património Moderno emergiu como área distintiva.

Durante essa década, assistiu-se a uma intenso debate sobre a conservação do património do século XX por parte de um grupo de profissionais, e no início do século XXI várias organizações governamentais e não-governamentais estavam focadas nesse trabalho1.

O surgimento de organizações locais, nacionais e internacionais dedicadas à preservação e conservação do Património Moderno – incluindo o Docomomo Internacional, o Comité do Património Moderno da Associação Internacional para a Preservação e suas Técnicas (APT, no original), o Comité Científico Internacional do ICOMOS para o Património do século XX, a Rede de Arquitetura Moderna Asiática (mAAN), e vários grupos de art deco – fizeram avançar os esforços de conservação de obras. O grande número de grupos deste tipo demonstra interesse e entusiasmo na identificação do passado recente como algo importante, além de juntar setores da Arquitetura e da Conservação que até aí não estavam próximos.

O Docomomo, fundado em 1988, tem tido uma influência magistral, criando uma rede de académicos e profissionais que catalisam a sua ação em mais de 60 países membros. Fundado sob uma premissa diferente da dos restantes grupos de conservação, o Docomomo promove a continuidade da filosofia modernista na prática da Arquitetura contemporânea e, simultaneamente, almeja a conservação do legado do modernismo ao reunir arquitetos e críticos contemporâneos que propõem o modernismo juntamente com historiadores e conservadores2.

Na década de 1990, organizações profissionais como a APT e agências governamentais de património da Europa e da América do Norte, incluindo o English Heritage e o National Park Service nos EUA, organizaram conferências e workshops e editaram publicações sobre temas técnicos, num esforço que contribuiu para a prática internacional. O Comité Científico Internacional do ICOMOS sobre o Património do Século XX iniciou a sua atividade em 2000, lançando os “Alertas Património” (Heritage Alerts), um programa dedicado à defesa de sítios significativos e ameaçados do século XX, tendo adotado, em 2011, o Documento de Madrid: “Abordagens para a Conservação do Património Arquitetónico do Século XX”.3 Outras organizações têm também vindo a trabalhar em formas de estimular o avanço desta área da conservação. (...)

Artigo publicado na Edição nº 83

Susan Macdonald, Diretora da secção de Edifícios e Sítios do Instituto de Conservação Getty

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