Acessibilidade em património – o caso da Parques de Sintra
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Adaptar o património cultural e capacitá-lo de melhores condições de acessibilidade física, aos serviços e à informação, apresenta inúmeros desafios pela necessidade de equilíbrio entre os princípios de conservação do Património e as políticas de melhoria das condições de acessibilidade, cada vez mais emergentes.
Paisagens Culturais, tais como a Paisagem Cultural de Sintra, espelham o nosso passado e contribuem para o autoconhecimento da Sociedade atual. Contudo, a grande maioria destes locais, cujo valor histórico e patrimonial importa conservar, não foi construída para receber públicos diversificados. Pelo contrário, muitos deles, tais como Castelos e Palácios, foram construídos de forma pouco acessível pela necessidade de proteção contra potenciais invasores.
A Parques de Sintra considerou como sua responsabilidade melhorar a acessibilidade a todas as propriedades sob sua gestão, abrindo portas a uma maior diversidade de visitantes. Por conseguinte, desenvolveu o projeto “Parques de Sintra Acolhem Melhor” (PSAM), com início em 2013, que procurou melhorar as condições de acessibilidade tanto ao nível físico como na transmissão da informação e nos serviços, respondendo, deste modo, à oportunidade de garantir maior igualdade no acesso à Cultura, independentemente das capacidades ou características dos visitantes.
A Parques de Sintra ambicionou, deste modo, dar prioridade a questões ligadas à inclusão e à responsabilidade social, abrindo portas a uma maior diversidade de visitantes, incluindo pessoas com deficiência, também elas com um papel fundamental a desempenhar na Sociedade. O PSAM foi financiado em 25% pelo Turismo de Portugal no âmbito do Programa de Intervenção no Turismo e, inicialmente, focou-se em avaliar as condições de acessibilidade e propostas de intervenção no Parque de Monserrate e Parque da Pena, rapidamente extravasando para os restantes monumentos.
Tratando-se de Património Mundial, classificado pela UNESCO desde 1995, e de áreas consideravelmente vastas e heterogéneas, implementar um projeto como o PSAM encontra desafios inevitáveis, com a dúvida constante dos limites da conservação e das ações de acessibilidades, ou ainda, se um impede necessariamente o outro. Os desafios não se extinguem nesta dicotomia, mas contam, após a possibilidade de alterações físicas ou aquisição de equipamentos, com dificuldades de implementação e de encontrar uma metodologia sustentada em boas práticas, não limitada à legislação e possível de aplicar a uma diversidade de espaços. (...)
Carolina Martins, Parques de Sintra, Direção Técnica – Património Construído, Acessibilidades
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