2016 foi um ano de quebra na construção mas há sinais positivos para 2017
Na sua última análise de conjuntura, a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) faz um balanço negativo de 2016 no setor da construção, mas antecipa algumas melhorias para o ano que agora começa
Até setembro, e segundo as contas do INE, registaram-se quebras de 3,1 por cento no Valor Acrescentado Bruto (VAB) do setor e de 3,6 por cento na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em construção, a contrastar com a evolução positiva de +1,1% observada pelo PIB no mesmo período.
Confirmando-se uma nova quebra na produção em 2016, este será o 9º ano consecutivo em que o setor da Construção não registará qualquer crescimento. A FEPICOP estima que, em volume, a produção em 2016 seja inferior a 45 por cento da produção do ano de 2001, auge da atividade do setor.
Ainda assim, nem todos os indicadores se comportaram, em 2016, de forma negativa face ao ano anterior. No que respeita ao emprego, foi apurado um crescimento homólogo, até setembro, de 3,7% no número de trabalhadores da Construção, o que representou um aumento de 10 mil trabalhadores, em termos médios, ao longo dos primeiros nove meses do ano.
Por seu lado, os dados relativos às transações de fogos habitacionais indicam um crescimento, em termos homólogos, de 20 por cento até setembro de 2016, o que permite estimar um total superior a 128 mil fogos transacionados durante o ano de 2016. Registou-se também uma evolução de +36 por cento no número de fogos novos licenciados e de +29 por cento e +19 por cento, respetivamente, nos valores das obras públicas promovidas e dos contratos celebrados de empreitadas de obras públicas. Estes crescimentos permitem antecipar, para breve, uma recuperação da atividade do setor, acredita a FEPICOP.
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