Perspetivas menos otimistas para o Investimento em Construção
Fotografia: Steven Ungermann_Unsplash
As previsões de Primavera da Comissão Europeia, recentemente divulgadas, reviram em baixa as perspetivas, para 2024 e 2025, no que respeita à evolução do Investimento em Construção em Portugal.
Segundo a AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, a estimativa de crescimento deste indicador para o corrente ano, passou de 2,9 por cento para 2,5 por cento, e, para 2025, passaram de 3,3 por cento para 2,8 por cento.
“Neste âmbito, importa salientar que as Contas Nacionais Trimestrais divulgadas pelo INE referentes ao primeiro trimestre de 2024 revelaram um fraco arranque deste indicador, apurando-se variações de 0,9 por cento, em termos homólogos, e de -0,3 por cento face ao trimestre anterior”, referiu a AICCOPN em comunicado enviado à redação.
No que concerne à área licenciada pelas câmaras municipais, nos primeiros três meses de 2024 assistiu-se a uma “expressiva redução”, em termos homólogos, de 17,6 por cento, nos edifícios habitacionais e de 31,7 por cento nos edifícios não residenciais.
Relativamente ao número de fogos licenciados em construções novas neste período, verificou-se uma contração de 20,3 por cento, em termos homólogos, para um total de apenas 7 222 alojamentos quando, há um ano, este número ascendeu a 9 060.
Relativamente à avaliação da habitação para efeitos de crédito bancário, no passado mês de março observou-se um aumento de 6,5 por cento, em termos homólogos, para 1 580 euros por metro quadrado.
Quanto aos custos de construção de habitação nova registou-se, naquele mês, um aumento do índice de 2,3 por cento, em termos homólogos, em resultado de variações de -1,1 por cento na componente dos materiais e de +6,9 por cento na componente referente à mão de obra.
Ainda de acordo com a AICCOPN, no que diz respeito ao mercado das obras públicas, nos primeiros quatro meses de 2024 verificou-se um crescimento de 18,7 por cento, em termos de variação homóloga temporalmente comparável, no valor dos contratos de empreitadas, celebrados e registados no Portal Base, que totalizaram 1 050 milhões de euros.
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