Obras no Conservatório Nacional começam este mês e duram 22 meses

As obras de requalificação da Escola Artística de Música e Dança do Conservatório Nacional, em Lisboa, vão começar este mês e deverão estar concluídas em agosto de 2023.
Depois de vários concursos públicos internacionais sem sucesso para avançar com as obras de requalificação do edifício no Bairro Alto, a Parque Escolar disse que se prevê “que a empreitada tenha início já em outubro, com um prazo de execução contratual de 22 meses”.
As novas datas surgem na sequência do visto do tribunal de contas que chegou em setembro, acrescentou aquela entidade.
A notícia foi recebida com agrado pela diretora da Escola de Música, Lilian Kopke, que, no entanto, lembrou já ter havido anúncios semelhantes desde que o processo começou, em 2015.
“É uma repetição de notícias que são anunciadas, mas ficamos muito contentes se as obras realmente começarem em outubro”, disse Lilian Kopke, em declarações à Lusa.
Já quanto à data prevista para o fim das obras, a presidente da escola alertou que o “prazo de 22 meses não é uma certeza”.
“O próprio diretor da Parque Escolar informou-nos que se trata de um edifício cheio de problemas e que, quando se começar a mexer nas estruturas, poderão aparecer surpresas”, esclareceu.
“A informação que nós temos da própria Parque Escolar é a de que esses 22 meses não são um prazo fixo. Pode ainda demorar mais tempo”, afirmou.
Lilian Kopke recordou que quando a Escola de Música foi transferida temporariamente do edifício no Bairro Alto para a Escola Secundária Marques de Pombal, a promessa era a de que as obras durariam 18 meses e esse prazo foi, agora, alargado.
Em junho de 2018, foi lançado o primeiro concurso público internacional, que ficou deserto, o que a Parque Escolar sublinhou ser “uma situação comum no mercado de obras públicas nos últimos anos”.
Entretanto, foi lançado um novo concurso, com reajustamento do preço base às condições do mercado.
“Esse contrato de empreitada para a execução acabou por ser objeto de resolução sancionatória pela Parque Escolar, na sequência do abandono total e unilateral dos trabalhos pelo empreiteiro, tendo a Parque Escolar assumido a posse administrativa do edifício”, recordou a Parque Escolar em resposta escrita à agência Lusa.
Foi então preciso lançar um novo concurso público, que agora se concretizou.
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