As Estruturas de Madeira e a Reabilitação de edifícios antigos

DR
Inicio neste número da Construção Magazine a minha colaboração com a revista, através da retoma da coluna “Estruturas de Madeira”. É com muito prazer, vontade e espírito de serviço que o faço.
Com a Eng.ª Helena Cruz, responsável pela coluna entre os números 19 e 59, esta atingiu uma notoriedade e qualidade muito elevadas e criou uma tradição de “hábito de leitura” entre os fiéis leitores da revista, entre os quais me incluo. A Eng.ª Helena Cruz é uma das pessoas que mais sabem de madeiras e de estruturas de madeira em Portugal. Tudo farei para manter viva a chama do tema nesta revista que tão bem tem assegurado a ligação entre as comunidades técnica, científica e dos diversos fornecedores de soluções construtivas existentes no mercado.
Manifesto de intenções
A minha colaboração desenvolver-se-á por ciclos temáticos. Face ao manifesto interesse e atualidade do tema, bem como à importância que neste momento tem na recuperação do setor da Construção e Obras Públicas, o primeiro ciclo será dedicado ao papel das Estruturas de Madeira na reabilitação de Edifícios. É importante ajudar a comunidade técnica e científica a entender e a respeitar a madeira enquanto material usado em estruturas de edifícios antigos.
Realizar intervenções pouco intrusivas
Reabilitar as estruturas de madeira existentes em edifícios antigos será, em geral, a solução mais económica de reabilitação em edifícios não muito degradados e sempre que o programa arquitetónico de reabilitação não seja muito intrusivo.
Nesta coluna e neste primeiro ciclo de artigos, tentar-se-á demonstrar que a metodologia GLOBAL de intervenção mais rápida e económica pressupõe, normalmente, a manutenção do máximo possível dos materiais e sistemas construtivos existentes, entre os quais as estruturas de madeira, procurando que as obras de reabilitação incidam no diagnóstico das causas da degradação, na realização de todas as ações necessárias à eliminação dessas causas e na construção de um novo edifício reabilitado mais fácil de gerir ao nível da manutenção preventiva e curativa futuras.
Debaixo do lema “aprender com os antigos, respeitando as suas limitações”, procurará demonstrar-se que o existente constitui uma base sólida a manter e recuperar, juntando-se modernidade ao nível da conceção, dos materiais e das soluções construtivas, que restitua ao edifício (e em geral aumente…) o seu esplendor inicial. (...)
Membro do Conselho Científico da Construção Magazine / Professor na FEUP
Se quiser colocar alguma questão, envie-me um email para info@construcaomagazine.pt
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