Falta de materiais adia conclusão da Piscina da Pasteleira no Porto

A empreitada de beneficiação da Piscina Armando Pimentel, na Pasteleira, só deverá estar concluída no início do próximo ano, devido a atrasos no fornecimento de caixilharias e vidros que “impossibilitam os trabalhos finais”, revelou a Câmara do Porto.

Em resposta à agência Lusa, a Câmara do Porto adiantou que os principais trabalhos de beneficiação “já estão executados” e que, apesar da conclusão da empreitada estar prevista para este mês, “a conjuntura atual originou atrasos no fornecimento das caixilharias e respetivos vidros que impossibilitam os trabalhos finais”.

De acordo com a autarquia, neste momento está a ser analisado um pedido de prorrogação do prazo da obra, estimando a empresa municipal GO Porto que a mesma esteja concluída no início do próximo ano.

A conclusão da empreitada de beneficiação da Piscina Armando Pimentel estava inicialmente prevista para 14 de setembro, tendo sido prorrogada para 12 de dezembro depois de, no decorrer da obra, ter surgido a “necessidade de se executarem mais trabalhos do que os que estavam inicialmente previstos”.

A Câmara do Porto disse ainda que após a conclusão da empreitada, a empresa municipal Ágora (que assumirá a gestão do espaço) irá necessitar de “algum tempo para preparar a abertura ao público e garantir o pleno funcionamento dos equipamentos e instalações”.

As obras de beneficiação da Piscina Armando Pimentel, na Pasteleira, no Porto, foram adjudicadas à empresa RUCE por 1,3 milhões de euros e arrancaram a 18 de março, a cargo da empresa municipal GO Porto.

De acordo com a câmara, a obra inclui a revisão das instalações técnicas, o reforço das coberturas, a renovação das fachadas, a reparação e substituição de vidros e caixilharias e a reparação de zonas danificadas dos pavimentos. As áreas exteriores do edifício também vão ser alvo de intervenção, nomeadamente, ao nível dos pavimentos e da colocação de “guardas” nas zonas dos percursos pedonais.

Localizado na Pasteleira e inaugurado em maio de 2000, o equipamento municipal encontra-se encerrado desde 20 de janeiro de 2020 para obras de requalificação e melhoria da eficiência energética, térmica e ambiental.

Depois de, em junho de 2021, o primeiro concurso ter ficado deserto, uma vez que a única proposta apresentada “excedia o preço-base do procedimento”, a empresa municipal lançou em setembro um novo procedimento, que foi adjudicado à empresa RUCE no final do ano passado.

A obra de beneficiação da Piscina Armando Pimentel é uma das 27 obras em curso no Porto, de acordo com a página da GO Porto, empresa municipal responsável pela gestão das grandes obras públicas na cidade.

A 9 de dezembro, a Câmara do Porto adiantou à Lusa que todas as empreitadas em curso têm sido “de algum modo afetadas” por atrasos na entrega de materiais, tais como caixilharias, vidros, madeiras ou equipamentos mecânicos e elétricos.

Segundo a autarquia, os maiores atrasos na entrega de materiais de construção verificam-se sobretudo nas empreitadas que incluem “materiais importados”, como, caixilharias, vidros, madeiras ou equipamentos mecânicos e elétricos.

Nestes casos, acrescentou a Câmara do Porto, o mais frequente é optar por “materiais substitutos, cujo prazo de entrega seja mais célere”, ainda que não sendo possível, a solução passa por “assumir um prazo mais alargado para a execução dos trabalhos”.

A prorrogação do prazo para finalizar a empreitada “cria um efeito em cadeia”, observou o município, lembrando que tal exige que “a mão-de-obra especializada prolongue a sua afetação aos projetos em causa e, quanto mais tempo estiver afeta a uma obra, mais tarde estarão disponíveis para outros projetos”.

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