Viana do Castelo aprova concurso para construção do novo mercado

A Câmara de Viana do Castelo aprovou a abertura do concurso público internacional para a construção do novo mercado municipal e arranjos envolventes com o valor base de 10 719 000 euros, ainda sem financiamento comunitário garantido.

Em reunião ordinária de executivo, a proposta aprovada indica que a obra conta com um prazo de execução de 720 dias.

O presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre, referiu que “a equipa projetista do novo Mercado Municipal conseguiu manter-se nos valores apontados como máximo”, tendo em consideração os ajustes necessários face à inflação.

Sobre o Programa Polis, que incluiu a desconstrução do Edifício Jardim que existia no local onde vai nascer o novo Mercado, o autarca considerou que foi “um marco histórico dentro do centro da cidade”, que permitiu ainda a requalificação da frente ribeirinha da cidade e do parque da cidade.

“É um momento importante para todos nós”, frisou ainda, face “à relevância que esta obra tem para o centro da cidade”.

Na proposta agora aprovada, “considera-se não ser possível a contratação por lotes na presente empreitada sem causar grande perturbação na sua execução e qualidade final. Trata-se da construção de um edifício com cave, incluindo todas as ligações de infraestruturas inerentes ao edificado existente, por consequência toda a envolvente tem de ser tratada ao mesmo tempo para que não haja constrangimentos na abertura do edifício ao público. Isto exige que haja uma coordenação única na intervenção”.

Relativamente ao Edifício do Novo Mercado Municipal – Projeto de Execução, também aprovado, com uma estimativa orçamental de construção de 9 070 000 euros, teve como princípios a existência de condições adequadas ao aprovisionamento dos operadores, devidamente setorizado, nomeadamente quanto ao controlo higio-sanitário e de variação de temperaturas; e a existência de condições de estacionamento para clientes, condição essencial para que se possa considerar válida uma área de influência superior a 400 metros de distância, sendo que para o efeito deverá considerar-se este espaço de forma autónoma da zona de aprovisionamento.

Foram ainda princípios as condições para tratamento e acondicionamento de resíduos, nomeadamente os respeitantes a produtos de origem animal; o desenvolvimento orgânico do espaço de mercado tradicional num único piso e em relação direta com a sua envolvente; a organização setorizada do mix comercial; a introdução de atividades complementares que contribuam para a viabilidade comercial do equipamento no seu todo, nomeadamente com aquelas que tragam novos públicos; a integração em edifício com arquitetura relevante e em bom estado de conservação; a criação de uma imagem comum que identifique o mercado como um todo enquanto espaço moderno de distribuição agroalimentar, nomeadamente quanto ao desenho e materiais a adotar; e ainda o compromisso entre a gestão do mercado e os operadores, participando na dinâmica do mercado, nomeadamente na promoção de campanhas junto ao público.

Já o Projeto dos Arranjos da Envolvente do Novo Mercado Municipal – Projeto de Execução, igualmente aprovado, conta com uma estimativa orçamental de 1 649 000 euros, devendo dar resposta às necessidades e questões levantadas pelo “Diagnóstico, proposta de organização comercial e programa base do novo Mercado Municipal de Viana do Castelo”, aprovado por despacho de 2/6/2016.

Segundo o autarca, “em setembro estarão reunidas as condições para estarem mais definidas as regras de execução dos eixos do Portugal 2023”.

“Quando formalmente estivermos em condições de adjudicar a obra, teremos todas as condições para garantir financiamento, pelo menos parte dele”, afirmou, frisando que o procedimento concursal agora aprovado vai “durar meses” e que a obra “não arrancará este ano”.

A desconstrução do prédio Coutinho, de 13 andares, prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis, começou em fevereiro de 2022.

Em junho do mesmo ano, os 42 metros de altura do complexo do prédio Coutinho, nome do empreiteiro que o construiu e com o qual foi batizado localmente, desapareceram da frente ribeirinha da cidade.

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