Reabilitação do Teatro São Carlos adiada para 2º semestre de 2024

O encerramento do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, para obras de reabilitação foi adiado para o segundo semestre de 2024, revelou a diretora artística, Elisabete Matos.

Prestes a terminar o mandato na direção artística do TNSC, Elisabete Matos disse que a próxima temporada lírica e sinfónica se vai estender até junho de 2024, no edifício histórico.

Isto significa que o encerramento de portas do teatro para requalificação, inicialmente previsto para janeiro de 2024, no âmbito do Plano de Recuperação e resiliência (PRR), é alterado para o segundo semestre desse ano.

“Havia essa possibilidade que estaríamos fora do teatro a partir de janeiro. Por questões internas, que se prendem com questões de concursos e do PRR, foi tomada a decisão. Teremos programação até dia 16 de junho [de 2024]”, disse.

O PRR para a Cultura prevê 27,93 milhões de euros de investimento na requalificação do edifício e inicialmente as obras estavam previstas entre janeiro de 2024 e setembro de 2025.

“É o nosso único teatro lírico, é património português que vai sofrer, no bom sentido, alterações das obras. Finalmente, a Orquestra Sinfónica Portuguesa vai ter uma sala para ensaiar, é a nossa preocupação maior. Vamos ter um teatro no qual depois poderemos ter produções oriundas de todas as partes da Europa e do mundo”, sublinhou Elisabete Matos.

Elisabete Matos considera que o PRR é uma oportunidade para “criar um teatro novo”: “O público vai ter mais conforto, criar-se-ão melhores condições para que haja simbiose entre palco e público”.

Em dezembro de 2021, numa apresentação pública sobre o PRR para a Cultura, a presidente do conselho de administração do Organismo de Produção Artística (Opart), Conceição Amaral, dizia que o diagnóstico feito ao TNSC revelava fragilidades a quase todos os níveis, nomeadamente no que respeita à segurança de pessoas e bens, segurança do edifício, conforto e bem-estar tanto para trabalhadores como para visitantes, e tratamento dos acervos.

Elisabete Matos corrobora o diagnóstico: “Tínhamos esse ‘handicap’, que muitas das produções que gostaríamos de trazer não funcionam num palco que tem a inclinação de seis por cento como tem o nosso, onde tudo funciona a pau e corda. Vai ser tudo reestruturado e mecanizado. Vamos ter mais salas para trabalhar. As condições vão mudar”.

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