Lançado concurso para projeto da segunda linha de Gaia

O concurso para o projeto da segunda linha de metro entre o Porto e Vila Nova de Gaia foi lançado por 4,8 milhões de euros e estabelece a apresentação de propostas até 11 de junho.

A ligação entre a zona do Campo Alegre, no Porto, e Santo Ovídio, designada como “a segunda linha de Gaia”, prevê uma nova ponte sobre o Douro de 50 milhões de euros e está orçada num total de 299 milhões de euros.

O Metro do Porto esclareceu que a empreitada foi incluída pelo Governo no Plano de Recuperação e Resiliência, pelo que tem de entrar em obra em 2023, prevendo-se o lançamento do concurso de empreitada no primeiro trimestre de 2022 e a conclusão dos trabalhos em 2026.

A empresa especificou que a nova linha, com seis quilómetros, vai ter seis estações: Campo Alegre, Arrábida, Candal, Rotunda VL8, Devesas e Soares dos Reis.

O objetivo da nova linha passa por estabelecer uma ligação à interface de comboios nas Devesas, em Vila Nova de Gaia, e terá um trajeto circular desde a estação da Casa da Música até à Estação de Santo Ovídeo.

O concurso para escolher o projetista foi publicado em Diário da República, tendo como preço base 4,8 milhões de euros.

Quanto ao total da empreitada, de 299 milhões de euros, visa “proporcionar, entre outras vantagens, o alívio da Linha Amarela – a mais concorrida do Metro”, refere a nota de imprensa da empresa.

“Prevê-se ainda que esta linha consiga atrair para a rede cerca de 325 mil novos clientes por dia, aproximadamente 120 milhões por ano”, acrescenta.

Paralelamente, este projeto pressupõe a construção de uma ponte sobre o Douro, dedicada ao metro e também para peões, que representa um investimento de 50 milhões de euros. A nova ponte fará a ligação entre o Campo Alegre e o Candal, localizando-se a 500 metros a nascente da Ponte da Arrábida.

Para além deste concurso, o Metro do Porto anunciou que irá lançar outro para a elaboração de projeto do metrobus Império – Boavista, que deverá ser lançado 21 de maio.

Metro do Porto avança com sondagens para estudar viabilidade de expansão da rede

A Metro do Porto também lançou o concurso público para realização de sondagens geotécnicas a desenvolver no âmbito do estudo de viabilidade de expansão da rede na área metropolitana, tendo definido o preço base em 700 mil euros.

O procedimento para a prestação de serviços de prospeção geotécnica, publicado em Diário da República, determina um prazo de execução do contrato de 180 dias, podendo as propostas ser apresentadas até 28 de maio.

Estas sondagens geotécnicas inserem-se no âmbito do protocolo, celebrado em fevereiro de 2020, entre a Área Metropolitana do Porto (AMP) e o Governo para o estudo de viabilidade da expansão da rede do Metro do Porto, cujo prazo de conclusão previsto era de dez meses.

A AMP propôs ao Governo avançar com os estudos de viabilidade económica em sete linhas de metro no Grande Porto, que vão servir de base às escolhas.

Em causa estão cerca de 860 milhões de euros do Plano Nacional de Investimento 2030, sendo que cerca de 620 milhões de euros se destinam à consolidação da rede do Metro do Porto e 240 milhões de euros são para o desenvolvimento de sistemas de transportes coletivos. As verbas deverão ser executadas entre 2021 e 2030.

O protocolo foi assinado pelos municípios diretamente envolvidos: Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa do Varzim, Trofa, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.

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