Entrevista a Laura Caldeira

A presidente do LNEC traça a estratégia de investigação do laboratório e realça a necessidade de o meio técnico se articular melhor com a sociedade, um aspeto onde as ciências sociais têm uma palavra a dizer.

Entrevista por Cátia Vilaça | Fotografia D.R.

A atividade do LNEC divide-se em várias frentes. Entre investigação científica, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços a outras entidades, o que é que neste momento assume um peso mais significativo?

A nossa atividade, se for equilibrada, divide-se em termos iguais pelas várias vertentes. O LNEC é uma instituição de investigação científica, pelo que está envolvido em inúmeros projetos de investigação científica, quer nacionais, quer internacionais. O LNEC tem também financia­mento interno para áreas inovadoras ou outras que se considere do interesse do país e que muitas vezes não são cobertas pelos programas de investigação científica europeus e pela FCT, por serem temas relativos a áreas muito específicas.

Esse financiamento interno é proveniente do Orçamento de Estado?

É orçamento do LNEC com base em receitas próprias que advêm de outras áreas, incluindo a investigação científica. Até há bem pouco tempo, nem os vencimentos do LNEC eram cobertos pelo Orçamento de Estado. Neste momento, temos mais ou menos essa componente coberta. Tudo o que seja despesas de investigação, compra de equipamentos, instalações, contratação de pessoas, contratação de serviços, etc., é à custa de receita própria. Com base nessa receita, alocamos fi­nanciamento para projetos de investigação que consideramos do interesse da instituição e do país.

Esse financiamento visa essencialmente a cobertura dessas áreas, mas também a constituição de saber nessas disciplinas, de modo a podermos ter participação futura em projetos de financiamento externo. Visa criar um conhecimento dentro do laboratório e juntamente com parceiros nacionais e internacionais, para podermos candidatar-nos a outros projetos. Isso representa um terço [do trabalho do LNEC]. Aliás, a regra no laboratório, que já vem de outros anos, é termos um terço de investigação, um terço de trabalhos de investigação aplicada, ou seja, contratada por entidades externas, e um terço de prestação de serviços, a que chamamos ensaios correntes, ou seja, certificação de produtos. (...)

Leia a entrevista completa na Construção Magazine nº115 mai/jun 2023, dedicada ao tema 'I&D na resolução de problemas da engenharia civil'

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