Conservação e restauro de edifícios antigos: soluções multifuncionais compatíveis de revestimento de paredes

Paredes de edifícios antigos versus edifícios atuais

Os materiais e os processos de construção dos edifícios sofreram alterações importantes nos últimos cem anos. Durante séculos, os edifícios foram construídos com paredes de materiais tradicionais, muito porosos (alvenaria de pedra ou de tijolo). Estas paredes tinham funções estruturais, suportando as cargas verticais que nelas descarregavam, e precisavam, portanto, de uma espessura elevada.

Nas primeiras décadas do século XX, a normalização da utilização do cimento e, na sequência, do betão armado, conduziu aos poucos à introdução de estruturas de betão independentes das paredes. As paredes passaram a ter essencialmente funções não-estruturais, tais como impermeabilização e proteção contra a intrusão, e, cada vez mais, também de conforto térmico e acústico. Esta alteração de funções, aliada ao uso de novos materiais, permitiu que fossem executadas paredes mais aligeiradas e de menor espessura, mas com cortes de capilaridade e menos permeáveis à água. Ou seja, nos edifícios realizados com tecnologias atuais passou a ser controlada a quantidade de água que penetra no interior da parede.

No entanto, uma grande parte dos edifícios existentes e em uso nas nossas cidades são edifícios antigos, com paredes maciças e porosas que, pela sua conceção e composição, permitem a entrada fácil de água, não só resultante da chuva incidente, mas também por capilaridade ascendente. (...)

Por Maria do Rosário Veiga, investigadora-coordenadora, Laboratório Nacional de Engenharia Civil

Artigo completo na Construção Magazine nº115 mai/jun 2023, dedicada ao tema 'I&D na resolução de problemas da engenharia civil'

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