Alpendre sul da Basílica menor de Moncorvo em reabilitação

A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) está a realizar obras de reabilitação do alpendre sul da Basílica de Moncorvo, no valor de 105 mil euros, por se tratar de uma entrada com significado histórico, de acordo com este organismo.

Em declarações à agência Lusa, a diretora Regional de Cultura do Norte, Laura Castro, disse que os trabalhos de restauro deste portal lateral de entrada na Basílica Menor de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, deverão estar concluídos até fevereiro do próximo ano.

“A empreitada de conservação e restauro do corpo do alpendre lateral sul tem por objetivo sanar as causas da sua degradação e travar o processo de deterioração, em perda iminente e constante”, vincou a responsável.

Laura Castro disse que esta porta se reveste de um importante significado histórico, uma vez que, segundo a história, por ela entrou o arcebispo São Bartolomeu dos Mártires, após o regresso do Concílio de Trento no século XVI, o chamado “Concílio da Contra-Reforma”, que foi “uma figura fundamental” na história da igreja em Portugal.

“Trata-se de pequenas operações, mas que são relevantes para a conservação deste edifício que é monumento nacional desde junho de 1910, e assim ajudar a promover o turismo religioso”, vincou Laura Castro.

Fazem parte desta intervenção os seguintes trabalhos: limpeza, tratamento e proteção de todas as superfícies pétreas em granito, abertura e refechamento de juntas, revisão ou reforço do sistema de fixação dos elementos decorativos, capeamento do coroamento das paredes com zinco e rufagem das superfícies de encosto, limpeza e tratamento dos gradeamentos metálicos, instalação de sistema eletrostático de afastamento de pombos e conservação e restauro das portas exteriores de madeira da igreja.

“Assim, contribuímos para que o valor simbólico deste imóvel seja também ele valorizado”, enfatizou Laura Castro.

Em simultâneo, está igualmente a decorrer o mapeamento das deteriorações da pedra existentes nos portais da igreja.

A primeira fase da intervenção no templo cristão, concluída em julho passado, incidiu na conservação e restauro das pinturas murais da capela-mor, uma pintura integral, sobre granito na abóbada de berço, cornija, arco cruzeiro e enxalços dos vãos, e sobre reboco nas paredes.

Esta intervenção insere-se no âmbito de uma candidatura para requalificação e valorização da Igreja Matriz de Torre de Moncorvo, apresentada pela Direção Regional de Cultura do Norte, Património Cultural do programa NORTE 2020.

O objetivo, segundo a DRCN, é, para além da “salvaguarda efetiva do imóvel”, melhorar e reforçar “o interesse turístico da região, conduzindo-a para ser cada vez mais um polo de atração e formação de públicos variados”.

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