Manutenção operacional de edifícios: uma proposta de linhas de ação por estrutura de tópicos

O tema da gestão da manutenção de edifícios (GME) tem vindo a ser alvo de crescente atenção e estudo, com maior acuidade percetível sobretudo nas últimas duas décadas. Esses progressos parecem começar já a ter grande representatividade, particularmente quando se olha para esta atividade de uma forma mais estruturada, associada a uma plena integração de aspetos do campo da Engenharia Civil.

Contudo, é crítico que tal visão de gradual aprofundamento mantenha um rumo de consolidação, de modo a contrariar uma realidade que ainda vai persistindo, caracterizada por estratégias de manutenção predominantemente do tipo reativo, envolvendo intervenções não programadas e executadas em função dos orçamentos disponíveis. Neste seguimento, para que as funções gerais de gestão de um património (independentemente da sua dimensão) se efetivem de forma organizada, logo mais eficazmente do ponto de vista operacional, há que as distinguir por campos de atuação.

Este texto centra-se numa dessas funções - a que se referirá como manutenção operacional de edifícios, expondo em síntese uma proposta de um conjunto intrínseco de aspetos procedimentais base. O objetivo é que o processo de gestão se realize de forma mais sustentável, integrando adequadamente a informação envolvida, e esteja em linha com os atuais desafios tecnológicos e científicos nesta matéria.

O modelo de ação descrito tem uma identidade própria e abrange um conjunto de características que se julgam poder vir a contribuir para aprofundar a discussão em torno da necessidade de introdução de práticas mais estruturadas e cientificamente fundamentadas no âmbito do assunto em abrangência.

Os edifícios estão entre os bens mais valiosos de qualquer nação, no sentido de que proporcionam às pessoas um abrigo e instalações para trabalho e lazer (Wang, 2017). No que se refere à perspetiva específica da manutenção de edifícios (ME), ainda é consensual que não recebe a atenção que deveria. Com efeito, durante décadas a ME foi vista mais numa perspetiva reativa, baseada em critérios subjetivos (Silva & Brito, 2019).

Porém, mais recentemente, a manutenção começou a ser considerada como desempenhando um papel fundamental durante toda a vida útil dos edifícios. (..)

Artigo completo na Construção Magazine nº103 mai/jun 2021, dedicado ao tema 'Manutenção de Edifícios Correntes'

Jorge Furtado Falorca

Engenheiro Civil

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