Guimarães terá primeiro edifício de construção híbrida da Península Ibérica

Fotografias: Grupo Casais

O grupo Casais investiu 11 milhões de euros num complexo de construção híbrida, em Guimarães, que inclui um hotel, estúdios para arrendamento e um espaço comercial.

“Em fevereiro de 2022 foi lançada a primeira pedra, estando nessa data metade do edifício totalmente fabricado [...]. Trata-se de um projeto que conta com um investimento de cerca de 11 milhões de euros, com a assinatura do arquiteto Mário Fernandes, que será inaugurado ainda este ano”, indicou o grupo em comunicado.

Em causa está um complexo, em construção junto ao Polo da Universidade do Minho, em Guimarães, que inclui um Hotel B&B com 95 quartos, 44 estúdios para arrendamento e um espaço comercial.

O edifício, que utiliza madeira de engenharia e um terço do betão de um edifício tradicional, é o primeiro de construção híbrida na Península Ibérica, segundo o grupo, que destaca que esta alternativa beneficia o ambiente.

Fonte oficial da Casais adiantou, em resposta à agência Lusa, que os quatro pisos do hotel precisam de dois meses em fábrica e cerca de duas semanas para a montagem na obra, sendo que um processo tradicional duraria, aproximadamente, cinco meses.

“As poupanças económicas deste sistema observam-se em três frentes, para além da redução das emissões de carbono em cerca de 60 por cento e redução do uso de betão em cerca de 40 por cento: a capacidade de redução de prazo, com menores custos de financiamento e de estaleiro, uma maior estabilização de preços de materiais, já que o respetivo aprovisionamento se dá mais cedo no contrato, e a minimização dos erros devido a um controlo de qualidade em fábrica e especialização dos colaboradores envolvidos”, destacou.

Entre os componentes individuais que vão ser pré-fabricados encontram-se painéis de teto, painéis de fachada, pilares e estruturas.

Por sua vez, as componentes industrializadas estão a ser fabricadas na Blufab, unidade de construção ‘off-site’ do grupo Casais, que abastece as obras.

Metade dos materiais que estão nos interiores deste edifício podem ser reutilizados no final do ciclo de vida.

De acordo com o grupo, esta construção híbrida possibilita também uma redução de resíduos em 70 por cento e da poluição sonora em mais de 50 por cento.

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