Grândola investe 6ME em medidas para facilitar acesso à habitação

A Câmara de Grândola vai investir seis milhões de euros num pacote de medidas para facilitar o acesso à habitação que inclui lotes para autoconstrução, cedência de terrenos para custos controlados e arrendamento acessível.

As medidas visam “facilitar o acesso à habitação” neste concelho do litoral alentejano, “com aumento da oferta de casas a preços mais acessíveis dos que vigoram atualmente no mercado imobiliário”, disse a câmara municipal em comunicado divulgado.

De acordo com a autarquia, o pacote de medidas prevê lotes municipais para autoconstrução, terrenos para construção cooperativa a custos controlados e construção de habitação municipal para arrendamento acessível.

Na nota, a Câmara de Grândola adiantou ainda que está a adquirir terrenos urbanos para implementar estas medidas e que, numa primeira fase, serão disponibilizados cerca de quatro hectares, além dos terrenos municipais que ainda estão disponíveis.

Já no âmbito da Estratégia Local de Habitação direcionada para famílias desfavorecidas, que inclui a reabilitação dos mais de 200 fogos municipais assim como a construção de novos fogos, está previsto um investimento de mais seis milhões de euros.

Para o presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes, citado no comunicado, é urgente “o aumento da oferta da habitação acessível”, assim como a “implementação, por parte do Governo, de medidas estruturais nesta área”, garantindo “condições favoráveis para o acesso ao crédito à habitação” e “fixação de limites máximos para as prestações”.

“O acesso à habitação continua a ser um problema nacional, que se tem agravado nos últimos anos com o aumento descontrolado da inflação e da especulação imobiliária”, sublinhou.

Por essa razão, o município vai “intervir neste processo”, embora reconheça que o problema da falta de habitação “não se resolve apenas com medidas municipais”.

O autarca reivindicou também “medidas estruturais” e “mais robustas” por parte do Governo para fazer face às dificuldades com que as famílias se deparam.

“As famílias só conseguem adquirir uma habitação própria, mesmo que a preços acessíveis, se o Governo assegurar, entre outras coisas, condições favoráveis para o acesso ao crédito à habitação, bem como fixação de limites máximos para as prestações. Se não for assim será muito difícil os jovens conseguirem comprar a sua casa”, concluiu.

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