As grandes baterias de água na transição energética

As barragens estão fortemente ligadas à eletrificação do país desde o seu início, no princípio do século XX, tendo esta efetivamente acelerado na década de 1950, nos chamados anos de ouro da hidroeletricidade em Portugal, coincidentes com o início da construção de grandes aproveitamentos como os de Venda Nova, Castelo do Bode, Cabril, Picote e Miranda, tendo-se instalando nesta fase cerca de 1 GW de potência.

Neste período, a hidroeletricidade representava 80 % da capacidade instalada no país e 95 % da eletricidade consumida. Nas três décadas seguintes são instalados mais 2 GW de potência hídrica, destacando-se os aproveitamentos do Douro Nacional (800 MW).

Em 1992 entrou em serviço o Aproveitamento Hidroelétrico do Alto Lindoso (630 MW) e em 2003 iniciou-se a produção de energia na primeira Central Hidroelétrica de Alqueva (256 MW).

Depois de um período de abrandamento, a hidroeletricidade voltou a acelerar com o Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH 2008). Inseridos neste plano, a EDP construiu os novos aproveitamentos de Baixo-Sabor, Ribeiradio-Ermida e Foz Tua1 e, em paralelo, desenvolveu os reforços de potência de Picote, Bemposta, Alqueva, Venda Nova III e Salamonde – em 10 anos (2007-2017) foram instalados oito novos centros produtores com cerca de 2 300 MW de potência instalada. (...)

Por Ana Paula Moreira, responsável pela Direção de Engenharia – Plataforma Geração da EDP; Ricardo Pimentel, responsável pela Área de Barragens da Direção de Engenharia; e Pedro Neves Pinto, responsável pela Área de Hidráulica e Recursos Hídricos da Direção de Engenharia

Artigo completo na Construção Magazine nº116 jul/ago 2023, dedicada ao tema 'Recursos hídricos e gestão da água'

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