Reabilitação de estruturas de madeira com a aplicação de madeira lamelada colada de espécies folhosas autóctones

Em Portugal, a maioria das estruturas edificadas até ao início do século XX foram construídas em alvenaria, principalmente pedra (paredes exteriores e algumas paredes interiores) e em elementos de madeira. Estes, quando aplicados para funções estruturais, eram, regra geral, associados a pavimentos, coberturas e escadas. Este tipo de construção, que é possível encontrar por todo o país, representa a maior parte do nosso património construído, justificando assim o crescente interesse na sua preservação. Infelizmente, a maior parte encontra-se com índices de degradação elevados por via do abandono e falta de manutenção adequada, necessitando de reabilitação profunda, sendo que o primeiro objetivo de qualquer intervenção estrutural deve ser a recuperação dos níveis de segurança e estabilidade da estrutura ao nível global do edificado. De acordo com Lopes (2007), as estruturas de madeira podem sofrer anomalias provocadas pela alteração ou degradação das ligações entre elementos estruturais; mudança de uso com aumento não controlado de sobrecargas; má qualidade da madeira; ataque de agentes biológicos; e degradação ou eliminação de apoios.

Por outro lado, ao longo do século XX, o setor da produção de madeira para fins estruturais sofreu alterações significativas, fruto do crescente uso de outros materiais na construção portuguesa, tais como o betão e o aço. A produção de elementos de madeira maciça com secção transversal considerável é hoje em dia diminuta, verificando-se um aumento da utilização de madeira lamelada colada (glulam) quer em construção nova, como em reabilitação de estruturas antigas (Negrão, 2011). Este aumento deve-se sobretudo ao facto de este manter as vantagens associadas à madeira, nomeadamente: material obtido de fontes renováveis; elevada resistência/peso; boa trabalhabilidade e bom balanço energético e de emissão de CO2. (...)

Em colaboração com Carlos Martins, doutorado, Universidade de Coimbra, e Mónica Manuel, bolseira, Universidade de Coimbra

Artigo completo na Construção Magazine nº97 maio/jun 2020

Alfredo Dias

Professor Auxiliar, Universidade de Coimbra

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