Reabilitação do Edifício na rua Combatentes da Grande Guerra

O projeto de intervenção no edifício integrante do Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, em Aveiro, o qual é gerido pela Fundiestamo-Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., tem em vista a sua adequação ao uso de Residência de Estudantes.

Prevê-se a reabilitação do edifício existente, valorizando-o e potenciando-o, na adequação ao novo uso.

Restringindo as ações e impactos sobre o existente, a intervenção será a estritamente necessária para adequação ao novo uso, e na forma mais eficiente e pragmática possível para respeito do edifício e suas especificidades/valores.

O edifício existente encontra-se entre dois arruamentos públicos: rua dos Combatentes da Grande Guerra e rua Gustavo Pinto Basto, pressentindo-se que a sua origem e acesso principal será pela primeira. Estes arruamentos apresentam características e remetem a tempos bastantes distintos.

A frente para a rua Combatentes da Grande Guerra, localizando-se numa das ruas mais antigas e características da cidade, e vulgarmente designada por “rua Direita”, é uma rua de perfil sinuoso com orientação norte-sul, ficando a fachada virada a nascente, mas com difícil incidência do solar. O edifício é um dos mais marcantes daquela frente urbana, uma vez que preserva os seus elementos mais característicos: azulejo, cantaria, caixilharia em madeira, serralharias e um ritmo de fenestração marcado. A elaboração desta fachada denota detalhe e cuidado, apresentando azulejos artesanais e cantaria simples, mas emoldurando caixilharia de madeira com desenho elaborado.

Na rua Gustavo Pinto Basto, com um perfil mais desafogado/largo e recente, onde a escala é diversa, a construção fica recuada, apresentando na sua frente um logradouro jardinado – contudo “enclausurado” pelas empenas dos vizinhos que apresentam uma altura correspondente a 3 pisos e sótão. Esta fachada, com orientação oeste, denota uma intervenção mais recente, expressa na linguagem da fachada, materiais adotados e tipo de fenestração. Neste logradouro, encontram-se construções anexas, em mau estado de conservação e sem qualquer valor arquitetónico Este espaço, excecional no centro da cidade, encontra-se muito condicionado e “oprimido” pela presença das empenas cegas dos edifícios vizinhos. (...)

Sónia Cruz, arquiteta

Artigo completo na Construção Magazine nº100 nov/dez 2020

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