Proteger 2024 realiza-se em abril

Fotografia: APSEI_Facebook

A Associação Portuguesa de Segurança (APSEI) está a organizar a nona conferência de segurança Proteger, que vai decorrer no Centro de Congressos do Estoril de 10 a 11 de abril.

A conferência pretende reunir especialistas nacionais e internacionais do setor para o debate da segurança, partilhar novidades desta área de negócio, bem como proporcionar, a todos os participantes e parceiros momentos de networking.

“Num mundo onde a segurança é uma prioridade incontestável, a atenção voltada para a segurança passiva contra incêndio é mais crucial do que nunca. O incêndio sucedido recentemente em Valência, embora ainda sob investigação, aponta para causas semelhantes ao que se passou, em 2017, na Torre Grenfell, que vitimou 72 pessoas e tirou a casa dezenas de famílias britânicas”, refere a organização em comunicado divulgado.

A este respeito, Jose Torero, da UCL University, irá marcar presença na conferência para apresentar as “Conclusões e Consequências do Incêndio de Grenfell”.

A conferência irá contar com um workshop sobre “Mitigação de Incêndios desde a Fase de Projeto”, liderado por Lilian Ciconello, da Associação Brasileira de Proteção Passiva | ABPP, e com Karl Wallasch, da Trigon Fire Safety Engineering, para apresentar a perspetiva do Reino Unido, sobre “Fire Safety for Tall Buildings”.

“A necessidade de redução do consumo de energia nos edifícios tem levado ao uso novos materiais, que melhoraram o isolamento térmico nas fachadas. No entanto, os dados mostram que alguns destes materiais possuem características combustíveis e podem ter um papel significativo na propagação das chamas em fachadas, aumentando os riscos associados a incêndios no exterior dos edifícios. Eventos, como o trágico incêndio na Torre Grenfell, evidenciam falhas relacionadas com o uso de materiais inadequados para utilização em fachadas, pois resultam numa rápida propagação do fogo,” afirmou a APSEI.

Para a associação, a segurança passiva contra incêndio refere-se a um conjunto de medidas de segurança e utilização de elementos e materiais de construção adequados que são incorporados desde a fase inicial de projeto até a conclusão da construção. Ao contrário das medidas ativas, como sistemas de supressão e extinção de incêndios, a segurança passiva é intrínseca à estrutura e aos materiais utilizados. “É um investimento em prevenção, protegendo vidas e propriedades”, rematou.

“As fachadas, frequentemente consideradas elementos estéticos ou decorativos, estão a tornar-se um ponto de vulnerabilidade significativo quando se trata de prevenção e controlo de propagação de incêndios. É imperativo reconhecer e abordar esta questão, assim como a necessidade de regulamentações mais rigorosas sobre os materiais utilizados nas fachadas, para garantir a segurança dos ocupantes e propriedades”, concluiu a organização.

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