Como atingir a norma Passivhaus?

A Associação Passivhaus Portugal divulgou um documento com um conjunto de recomendações e clarificações sobre a classificação dos edifícios segundo a norma Passivhaus.

A Associação alerta para a existência de reivindicações acerca de edifícios que alegadamente cumprem ou excedem a norma Passivhaus, por exemplo quando atingem o limite da estanquidade ao ar, incorporaram níveis de isolamento semelhantes aos valores de U recomendados, ou evidenciam uma necessidade de energia de aquecimento inferior a 15kWh/m2.a, usando métodos de cálculo alternativos. Ainda assim, a associação considera razoável que se reivindique que um edifício cumpre os princípios Passivhaus caso todos os princípios da norma sejam cumpridos.

Ressalva-se, contudo, que caso os protocolos de garantia de qualidade definidos pela norma Passivhaus não sejam observados durante o projeto e a construção do edifício, as declarações de que tal edifício cumpre a norma Passivhaus são injustificadas e possivelmente enganosas.

A Passivhaus Portugal frisa que “um edifício não pode ser considerado como uma Passivhaus a menos que tenha sido calculado com o Passive House Planning Package (PHPP) e verifique todos os requisitos da norma Passivhaus”. Estes e outros requisitos devem ser verificados junto do Passivhaus Institut, responsável pela elaboração da norma. A associação recomenda, por isso, que seja feita uma certificação por parte de um técnico certificado para garantir o cumprimento de todos os parâmetros.

Como certificar que um edifício é Passivhaus ou atinge a norma Passivhaus?

1. O uso do PHPP – software de cálculo – e a entrada correctados dados;

2. Todos os princípios de design estão de acordo com os estabelecidos pelo PHPP;

3. As condutividades de todos os materiais, produtos, componentes, (incluindo pontes térmicas), satisfaçam as normas EN;

4. A temperatura da superfície interior das janelas não seja inferior a 16ºC, no dia mais frio do ano;

5. Os testes de pressão tenham sido realizados de acordo com a norma EN 1382 (devem ser realizados os testes de pressurização e de despressurização, e deve ser usado o resultado médio durante os procedimentos da certificação);

6. Se for utilizada a ventilação mecânica com recuperação de calor (VMCRC), esta deverá verificar os requisitos de desempenho rigorosos definidos pelo PHI para esses sistemas;

7. O Sistema de VMCRC seja comissionado de acordo com os requisitos da norma Passivhaus;

8. O construtor emita uma declaração a confirmar que o edifício foi construído de acordo com os projetos;

9. Um registo fotográfico completo a atestar todas as fases da execução da obra;

10. Um conjunto compreensivo de desenhos e documentos da construção;

11. As ferramentas e os documentos acima indicados sejam usados para demonstrar que as normas de desempenho energético estabelecidas pelo PHI foram satisfeitas.

O documento “Reivindicar a Norma Passivhaus”, no qual estas recomendações são apresentadas, foi elaborado com base no documento Claiming the Passivhaus Standard: Technical Briefing Document, escrito por Mark Siddall e Nick Grant, com contribuições do painel técnico do Passivhaus Trust e do grupo de trabalho Passivhaus Claims do Passivhaus Trust.

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