Metro Mondego consigna construção do parque de material e oficinas

A Metro Mondego consignou as empreitadas do Parque de Material e Oficinas (PMO) e dos postos de transformação do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), investimentos que ultrapassam os oito milhões de euros.

“A concretização destas duas empreitadas é condição ‘sine qua non’ para colocar em serviço o SMM”, que está previsto entrar em funcionamento já no próximo ano, disse o presidente da Metro Mondego, João Marrana, nunca cerimónia presidida pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco.

O SMM “consiste na implementação de um ‘metrobus’, utilizando veículos elétricos a baterias que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã e na área urbana de Coimbra”, ligando esta cidade a Serpins, no concelho da Lousã, com passagem em Miranda do Corvo, numa extensão de 42 quilómetros.

O PMO terá um custo global de cerca de 7,5 milhões de euros e vai permitir disponibilizar um parque para 40 autocarros articulados, os espaços oficinais “adequados à conservação e manutenção dos veículos”, o posto central e comando, e todas as áreas técnicas.

A sua construção, em Sobral de Ceira (Coimbra), permite um acesso direto ao canal do metrobus, prevendo-se que esteja concluído em maio de 2024 e venha a criar uma centena de postos de trabalho diretos.

Os seis postos de transformação, que representam um investimento de cerca de um milhão de euros, vão ser construídos em Coimbra B, Hospital Pediátrico, Alto de São João (Coimbra), Corvo (Miranda do Corvo), Lousã e Serpins (Lousã).

A sua conclusão está prevista para julho de 2024.

“Para além das 11 empreitadas já lançadas pela Infraestruturas de Portugal e pela Metro Mondego, teremos nos próximos meses de testar os equipamentos que serão entregues e preparar o início da operação do sistema”, salientou João Marrana.

A primeira fase do SMM, entre Serpins e Alto de São João, deverá entrar em funcionamento no final de 2024, seguindo-se os troços urbanos do Alto de São João a Coimbra B e a Linha do Hospital.

Salientando que o projeto vai transformar a mobilidade da região, o presidente da Metro Mondego prevê que a cota de procura de transporte pública tenha uma evolução de 12 para 22 por cento no concelho da Lousã, de 22 para 34 por cento em Miranda do Corvo e de 17 para 35 por cento em Coimbra.

Para o secretário de Estado das Infraestruturas, a consignação das duas empreitadas [PMO e postos de transformação] “é um passo indispensável para o sistema possa começar a funcionar e a vender bilhetes”.

“Temos todo o sistema em obra e estamos a trabalhar para que no próximo ano possamos começar a vender bilhetes e a transportar pessoas”, salientou Frederico Francisco.

Com um investimento total de 150 milhões de euros, o SMM vai ter 42 estações e circular em via dedicada, com duas exceções em Coimbra: junto aos Hospitais da Universidade e à Câmara Municipal.

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