Materiais compósitos madeira-plástico para soluções arquitetónicas ambientalmente sustentáveis

Numa época em que o conceito de sustentabilidade ambiental constitui uma preocupação nos mais diversos setores de atividade, a seleção de materiais de construção com baixo impacto ambiental e a implementação de elementos arquitetónicos que possam contribuir para diminuir o consumo de energia dos edifícios podem ser conjugadas em soluções que associam ambos os conceitos. Os sistemas de sombreamento das janelas fabricados em materiais eco-sustentáveis constituem exemplos práticos dessa convergência, ao aplicar compósitos madeira-plástico a métodos clássicos de controlo passivo da temperatura e iluminação dos edifícios.

Os materiais compósitos madeira-plástico, um sub-grupo da classe dos compósitos de matrizes poliméricas reforçadas com fibras naturais vegetais, existem há várias décadas. No contexto da construção civil, estes compósitos têm sido predominantemente utilizados no fabrico de decks ou de mobiliário urbano, em substituição de tábuas de madeira maciça. Podem também ser utilizados na substituição de perfis de plástico, como os utilizados nas caleiras. Estes exemplos de aplicação são obtidos por extrusão e demonstram a possibilidade de substituição de materiais nobres, como a madeira, ou de materiais poluidores, como os plásticos, em elementos da construção de edifícios. Os compósitos madeira-plástico possuem propriedades intermédias entre os plásticos convencionais derivados do petróleo e a madeira, sendo processáveis através das tecnologias convencionalmente utilizadas para obter produtos em plástico, como a extrusão, a moldação por injeção ou a termoformagem. Desde que os polímeros selecionados para a matriz sejam termoplásticos (e.g. polietileno, polipropileno), os respetivos compósitos também o são. Assim, por definição, os materiais compósitos madeira-plástico são recicláveis, uma vez que suportam ciclos térmicos de aquecimento e arrefecimento para os fundir e solidificar. Esta possibilidade de reciclagem constitui uma vantagem sob o ponto de vista ambiental, mas outras características podem ser adicionadas neste contexto. (...)

Gabriela Martins, FCTUC, Universidade de Coimbra, Filipe Antunes, FCTUC, Universidade de Coimbra, Sofia Baptista, IPL - CDRSP, Instituto Politécnico de Leiria, Cândida Malça, IPL - CDRSP, Instituto Politécnico de Leiria e ISEC - IPC, Instituto Politécnico de Coimbra e Cyril Santos, IPL - CDRSP, Instituto Politécnico de Leiria

Artigo completo na Construção Magazine nº97 maio/jun 2020

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