'Innovation District' promete investimento de 800 milhões de euros em Almada

A criação de uma cidade global com um estilo de vida sustentável, inovação e conhecimento tecnológico é o objetivo do Innovation District, projeto que prevê um investimento de 800 milhões de euros e 17 mil postos de trabalho em Almada.

O Innovation District, que foi apresentado esta semana, é um projeto da Universidade NOVA de Lisboa e de um grupo de proprietários da zona do Monte da Caparica e de Porto Brandão que promete uma nova centralidade e a internacionalização da região da grande Lisboa.

O projeto contempla a criação de uma nova cidade sustentável, ancorada nos objetivos definidos pelo desenvolvimento sustentável até 2030 e pela neutralidade carbónica em 2050, integrando um conjunto de soluções ambientais “inovadoras”.

Está também prevista a criação de uma comunidade energética com produção própria, sustentável e neutra em carbono, estruturando o desenvolvimento urbano em torno dos parques verdes e integrando, também, métodos e soluções de construção ecológicas e sustentáveis.

O Innovation District irá “proporcionar a criação de uma nova cidade, moderna e requalificada, que será um lugar de vanguarda de ideias e de inovações, atraindo empresas – nacionais e internacionais – e pessoas”, afirmou a universidade.

De acordo com a universidade, o projeto integra uma área total de 399 hectares de intervenção, dos quais 110 hectares são zonas verdes, e para a sua implementação está estimado um investimento de mais de 800 milhões de euros.

“Entre os principais números que definem a sua dimensão contam-se a chegada de 4.500 novos habitantes à nova cidade, a criação de mil novos fogos habitacionais, uma área de 250 mil metros quadrados para a implementação de novas atividades económicas que irão contribuir para a criação de 17 mil novos postos de trabalho e, ainda, 86 mil metros quadrados de infraestruturas turísticas”, informou a universidade.

“O principal ativo para triunfar na economia do conhecimento são as pessoas, o seu talento e as redes que estabelecem entre si. É esta a génese do ‘Innovation District’”, afirmou o vice-reitor da Universidade NOVA de Lisboa, José Ferreira Machado, que disse acreditar na concretização da primeira fase do projeto num horizonte de dez anos, até 2030.

E, como as pessoas precisam de “sítios para viver e para interagir, lugares onde possam residir, trabalhar, conversar e usufruir dos seus tempos livres”, são necessárias “cidades como aquela que irá nascer em Almada e que irá reforçar a internacionalização da região da grande Lisboa”, acrescentou.

O vice-reitor da Universidade NOVA de Lisboa adiantou ainda que alguns projetos, como as obras no campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia – edificação da parte desportiva, de uma superfície comercial e fase I do 'hub' de inovação – deverão começar ainda este ano, dado que parte dos financiamentos são comunitários e terão de ser concretizados até final de 2023.

De acordo com os promotores, o ‘Innovation District’ será “uma cidade única e plural, desenhada para elevar a qualidade de vida de cada um dos seus habitantes”, com base no conceito `live-work-play´ (local para viver, trabalhar e para o lazer), sendo que os diversos pontos de atração estarão a uma curta distância de 15 minutos. 

NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA, projeto do arquiteto João Pedro Falcão de Campos

“Tendo como ponto central o Campus da NOVA School of Science & Technology, o ‘Innovation District’ pretende ser uma nova centralidade que coloca o conhecimento, o talento qualificado e a inovação como motor de desenvolvimento e transformação urbana”, é referido uma nota distribuída aos jornalistas na apresentação `online´ do projeto a desenvolver no concelho de Almada, distrito de Setúbal.

Ainda segundo os promotores, pretende-se igualmente que o ‘Innovation District’ se torne, “enquanto espaço de inovação, atrativo para empresas e pessoas, contribuindo para promover o desenvolvimento da Área Metropolitana de Lisboa e alavancando o seu potencial de internacionalização”.

Além disso, acrescentam, é um projeto focado em criar uma comunidade criativa, diversificada, energética e sustentável, inspirada por uma melhor qualidade de vida”.

A par do investimento prometido de 800 milhões de euros, o Innovation District deverá ainda beneficiar de novas acessibilidades e de um conjunto de infraestruturas públicas, designadamente da reabilitação do Porto Brandão e da extensão do Metro Sul do Tejo até à Costa da Caparica.

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