Estação do Metro do Porto no Campo Alegre vai criar jardim e espaço universitário

Fotografia: Metro do Porto

A futura estação do Campo Alegre, da Linha Rubi do Metro do Porto, criará um jardim no lugar do atual parque de estacionamento, bem como uma sala universitária de e-learning e ligação entre faculdades, segundo documentos do projeto.

“Ao nível dos arranjos exteriores é proposto um novo desenho para a área a intervencionar, prevendo-se que toda esta área [do parque de estacionamento do Campo Alegre] seja transformada num jardim público de usufruto da cidade”, pode ler-se na memória descritiva do projeto de arquitetura da nova estação, projetada por Eduardo Souto Moura e consultada pela agência Lusa.

A estação ficará por debaixo do atual parque de estacionamento que se situa entre as ruas do Campo Alegre, do Gólgota e de Entrecampos, no Porto.

De acordo com o texto, “o acesso à estação (a partir da Rua do Campo Alegre) será envolvido por um espaço ajardinado como um prolongamento da zona verde existente junto à Rua de Entrecampos, permitindo fazer a correção de cotas e atenuando o desnível existente na via de acesso às habitações a norte da estação”.

“Esta via será requalificada e prolongada de modo a permitir o acesso ao elevador da estação, mantendo-se, no entanto, a acessibilidade às garagens existentes”, sendo que o arruamento “garantirá também o acesso ao futuro edifício E-Learning da Universidade do Porto, ainda em desenvolvimento”.

Aos jornalistas, no dia 10 de maio, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, tinha dito que a estação “terá contíguo um parque de estacionamento com as características intermodais” que a empresa diz privilegiar na rede do metro, bem como “uma ligação sob a Via Panorâmica, uma ligação que hoje é inexistente, a ligar a zona da Faculdade de Arquitetura às zonas da Faculdade de Letras e Ciências”.

Já a memória descritiva do projeto de engenharia refere que a configuração da estação “permite garantir a rápida acessibilidade tanto a partir da Rua do Campo Alegre, como junto às faculdades de Letras e Arquitetura da Universidade do Porto, sem ser necessário o atravessamento pedonal da Rua de Entrecampos e Via Panorâmica à superfície”.

O texto refere que é ainda considerado, no projeto de inserção urbana, “um novo desenho da área intervencionada, com a consideração de uma eventual futura implantação de um parque de estacionamento subterrâneo”.

A zona do Campo Alegre será também afetada pela nova ponte sobre o rio Douro, cuja inserção urbanística junto à Faculdade de Arquitetura foi articulada com o arquiteto Álvaro Siza.

A memória descritiva e justificativa do projeto da ponte assume que “a interferência com o tecido urbano atinge o seu ponto mais sensível sobre a curva da Via Panorâmica, entre a antiga casa da escritora Agustina Bessa-Luís e a Casa Rosa, da Faculdade de Arquitetura (antiga moradia da Quinta da Póvoa)”, sendo este “o momento de maior vulnerabilidade do traçado”.

“A solução assume o corte, imposto, do antigo muro da Quinta da Póvoa (…) reconstituindo-o a 9,10 metros quase paralelo à fachada da Casa”, sendo que a sua fachada nascente “estará a uma distância de 20,20 metros do bordo do tabuleiro da ponte”, e o muro a 10,70 metros, existindo ainda “dois passeios em rampa” que darão acesso à ponte.

Segundo a memória descritiva, “a intervenção no Polo Universitário envolve uma redefinição das áreas verdes, das áreas de circulação, uma requalificação do desenho urbano e uma correção às cotas na curva da Via Panorâmica que o arquiteto Siza definirá em detalhe”.

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