Anteprojeto prevê zonas de lazer nos pilares da nova ponte do Metro do Porto

O anteprojeto de arquitetura da nova ponte do Metro do Porto sobre o rio Douro prevê que existam zonas de apoio e lazer nos pilares da estrutura, como esplanadas ou elevadores, tanto no Porto como em Gaia.

De acordo com o anteprojeto assinado em novembro de 2022 pelo arquiteto José Carlos Nunes de Oliveira, consultado pela agência Lusa, no local onde atualmente está um posto de abastecimento na Rua do Ouro, no Porto, surgirá um dos pilares da ponte.

Ali está prevista a criação de uma praça com ligação às cotas superiores por meio de um elevador, bem como de um edifício comercial com vista para o rio.

Do lado de Vila Nova de Gaia estão previstas duas plataformas de observação com possível estabelecimento comercial, na Rua do Cavaco.

A Metro do Porto fez um anúncio periódico indicativo ao mercado, publicado a 2 de janeiro no Jornal Oficial da União Europeia, indicando que prevê lançar o concurso público da construção da Linha Rubi, de 299 milhões de euros, em 17 de março.

No âmbito do projeto e do lançamento do concurso público poderá ainda haver alterações ao anteprojeto.

Na zona do Cais do Bicalho, no Porto, está para já prevista uma “praça dividida em plataformas”, aproveitando o espaço agora ocupado pelo posto de abastecimento da Repsol.

“A aquisição desta propriedade, encaixada entre edifícios habitacionais, protegida dos ventos, frente ao rio, vislumbra uma oportunidade de regeneração de um denso tecido urbano e a oportunidade para a criação de um espaço público de grande qualidade de apoio às populações da Rua do Bicalho, Rua e Calçada da Boa Viagem”, pode ler-se no documento.

O anteprojeto de arquitetura refere também “um acesso privilegiado para os itinerários culturais da Rua e Travessa do Gólgota, à cota mais alta”.

À cota baixa, projeta-se que a praça dê acesso ao passeio, à linha do elétrico, à Calçada do Ouro, a uma esplanada, um jardim, a espelhos de água a instalar no local, a um parque de bicicletas e trotinetes e a um elevador público.

“No cimo dos primeiros lanços de escada (...) abre-se um terraço panorâmico, com acesso a um edifício comercial, e “estabelecem-se mais dois lanços de escada” (...) até alcançar a Rua do Bicalho”, descreve o texto.

No dia 14 de novembro, o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, disse ainda que, na mesma zona, estava em estudo uma eventual instalação de escadas rolantes na ligação da Via Panorâmica ao bairro de Massarelos.

Já em Gaia, na Rua do Cavaco, a proposta em anteprojeto para a base do pilar visa a “criação de um plinto de observação, dividido em dois níveis”, embora “as características locais não propiciem a exploração comercial ou turística, como acontece na margem oposta”.

Ainda assim, a arquitetura propôs “um espaço coberto e fechado em vidro que pode acolher serviços permanentes de manutenção à ponte, ou ser utilizado como centro interpretativo, ou porventura como pequena estrutura de restauração e bebidas”.

A Linha Rubi é integralmente financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência a fundo perdido, e ligará o Porto e Gaia entre as estações da Casa da Música e Santo Ovídio.

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