A Análise da Vulnerabilidade em Infraestruturas Críticas

Introdução

O funcionamento das infraestruturas críticas (IC) pode ser afetado de várias formas, quer de génese natural (e.g. inundação), quer antrópica (e.g. acidente, roubo, atentado terrorista), podendo os seus efeitos variar entre uma simples perturbação e a destruição total, quer apenas de uma infraestrutura ou, por efeito dominó, com implicações em outras ou em vários setores vitais (Segurança e Ciências Forenses, 2012).

A proteção de IC é um tema que ganhou enorme preponderância a partir dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2011 nos Estados Unidos da América (EUA), e que obrigou a repensar o seu posicionamento quanto à componente física da proteção de IC, nomeadamente na análise da gestão de riscos a que este tipo de infraestruturas está sujeito. Neste âmbito, a ameaça de ataques terroristas com o recurso a engenhos explosivos merece uma especial atenção, na medida em que historicamente tem sido uma das táticas mais utilizadas por terroristas. A análise de vulnerabilidade a esta ameaça é pois um aspeto crucial para o desenvolvimento de metodologias que permitam a definição de níveis de proteção em infraestruturas críticas.

Vulnerabilidade

A forma de limitar os riscos na máxima extensão possível baseia-se na compreensão do que é a vulnerabilidade. Várias são as definições encontradas na literatura, mas do ponto de vista securitário, a que melhor parece representar o conceito é a proposta porRenfroe e Smith (2016),de que vulnerabilidade consiste na combinação da atratividade de uma infraestrutura como alvo e o nível de dissuasão ou de proteção fornecido pelas contramedidas existentes.

António Carlos dos Santos Ferreira

Major de Engenharia Militar

Investigador Integrado

Centro de Investigação e Desenvolvimento do IUM

Artigo publicado na edição nº86 da CM

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