“Um material não vale pelo que é, mas pelo que pode representar para a sociedade”
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Foto: Miguel Ferreira Mendes, 2014
1. Não foi do seu autor – John Turner – que ouvi a frase que dá título ao presente texto, mas sim de um dos meus mestres na construção em terra – o recentemente desaparecido Hugo Houben. Trabalhámos juntos (no CRAterre) durante vários anos e ouvia-o repetir esta frase como se de um mantra se tratasse. Eu escutava, como se me estivesse a ser confiado um segredo em tom de epifania.
Antes disso, há já mais de duas décadas e meia, enquanto fazia as minhas primeiras construções experimentais em terra crua, o arquitecto Phil Hawes – o primeiro dos meus mestres nestes temas – enquadrava a terra numa espécie de potencial civilizacional de resposta às então “ignoradas” questões da crise climática e ambiental.
Entre aqueles dois momentos e personalidades, o arquitecto Alexandre Bastos – com quem tive a felicidade de trabalhar, em finais dos anos 90, e o privilégio de ter, até hoje, como amigo – deu-me a ver a responsabilidade cultural que a reinvenção de uma técnica e de uma arte representa no trabalho de um arquitecto.
Como bom pagão-sincrético, tratei de ir combinando estas três visões, alargando a minha leitura do que poderia/deveria ser a construção em terra crua. (...)
Miguel Ferreira Mendes, arquitecto, investigador associado – CRAterre-AE&CC | ENSAG | UGA
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