Setor da Construção e Habitação “resiliente” em 2020

Os setores da construção e habitação revelaram resiliência em 2020, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), com 23.068 edifícios e 33.065 fogos licenciados, a que correspondem a descidas de 4,3 por cento e 4,1 por cento, face a 2019.

“Em 2020, foram licenciados 23.068 edifícios e 33.065 fogos em Portugal, respetivamente -4,3 por cento e -4,1 por cento que em 2019 (mais 5,5 por cento e mais 15,0 por cento, em 2019 face a 2018, pela mesma ordem)”, revelaram os dados do INE.

A autoridade estatística estima que, em 2020, tenham sido concluídos 14.580 edifícios e 19.900 fogos, representando crescimentos de 3,8 por cento e 18,8 por cento, respetivamente (mais 3,8 por cento e mais 24,4 por cento, em 2019).

Já as transações de habitações diminuíram 5,3 por cento em número, pela primeira vez desde 2012, mas aumentaram 2,4 por cento em valor.

“O setor da construção revelou alguma resiliência, registando valores médios de licenciamentos muito próximos da média dos 12 meses anteriores à pandemia, e estimando-se mesmo um aumento dos edifícios concluídos. Também o valor das transações de habitações continuou a aumentar embora a uma taxa mais reduzida e os preços mantiveram uma tendência positiva”, apontou o INE.

O emprego no setor da Construção aumentou 3,8 por cento entre março de 2020 e fevereiro de 2021, e a remuneração bruta total cresceu 5,7 por cento (mais 7,7 por cento e mais 10,9 por cento, no mesmo período pré-pandemia).

Já a remuneração bruta média mensal por trabalhador foi de 969 euros, correspondendo a um aumento face ao período pré-pandémico (952 euros).

No ano passado, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.188 euros por metro quadrado.

O preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional nas regiões do Algarve (1.771 euros por metro quadrado), na Área Metropolitana de Lisboa (1.630 euros por metro quadrado), na Madeira (1.322 euros por metro quadrado) e na Área Metropolitana do Porto (1.240 euros por metro quadrado).

Por sua vez, a renda mediana dos 79.878 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 5,61 euros por metro quadrado, o que representa um aumento de 5,5 por cento, face ao período homólogo.

Verificou-se, ainda, um aumento de 9,7 por cento no número de novos contratos celebrados, em comparação com o ano anterior.

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