Reabilitação de edifício na baixa de Lisboa

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O projeto de alteração em causa resulta de uma encomenda do fundo Imomadalena, gerido pela Fundiestamo, para a reabilitação de um imóvel sito na Rua da Madalena nº 198 a 204, com o objetivo de o integrar no mercado de arrendamento num regime de renda acessível.

Assim, será prioritário equilibrar o valor das obras a executar com a valorização do imóvel daí decorrente, isto é, garantir que a valorização do imóvel seja superior aos custos do investimento. É objetivo do projeto minimizar os custos e maximizar os resultados. Tratando-se da reabilitação de um edifício antigo (finais do séc.XVIII / inícios do séc. XIX) e, por isso, desatualizado face às exigências atuais, inserido em área histórica protegida (Baixa Pombalina), com exigências acrescidas, e muito degradado, esta operação adquire uma grande complexidade.

Origem

O edifício terá sido edificado aquando da reconstrução pombalina da parte baixa da cidade de Lisboa, resultando assim do Plano desenvolvido nessa época (nos anos seguintes a 1755). No entanto, a documentação dos Planos Pombalinos não indica esta parcela como fazendo parte integrante da área por eles abrangida, antes se situando numa das suas margens, precisamente na zona de contacto com o tecido urbano remanescente da destruição ocorrida no dia 1 de Novembro de 1755. Assim, apresenta características específicas decorrentes de corresponder à transição entre duas malhas urbanas: a da Baixa Pombalina e a da colina do castelo. Uma dessas características é a própria configuração da parcela, em L, com o lado mais estreito para a Rua da Madalena, devido ao facto de envolver parcialmente um outro edifício com frente para a mesma rua.

Exterior

O edifício tem aproximadamente 11 metros de frente para a Rua da Madalena e cinco pisos, o último dos quais em mansarda (sendo três pisos abaixo da cornija), e 13 metros de frente para a Travessa da Madalena, com quatro pisos. O desnível entre as frentes poente (Rua da Madalena) e nascente resulta da sua adaptação à topografia. Morfologicamente, as duas fachadas são muito distintas. (...)

Rui R. Alves e Teresa Rodeia, RA+TR arquitetos

Artigo completo na Construção Magazine nº100 nov/dez 2020

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