IP vai adaptar eletrificação da linha de Cascais à rede ferroviária

A alteração do sistema de eletrificação da linha de Cascais, para harmonizar a exploração desta linha com a rede ferroviária nacional, está a concurso e vai custar 36 milhões de euros, revelou a Infraestruturas de Portugal.
De acordo com a empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP), o concurso público internacional para a empreitada “Linha de Cascais – Via e Catenária” foi publicado no Diário da República e as candidaturas podem ser apresentadas até 11 de fevereiro, prevendo um investimento de 36 milhões de euros.
No âmbito da empreitada, segundo a IP, está prevista a migração do atual sistema de eletrificação da Linha de Cascais, atualmente a 1500 volts, para 25 quilovolts, “o qual permitirá harmonizar as condições de exploração desta linha com o resto da Rede Ferroviária Nacional e reduzir anualmente em mais de um milhão de euros os custos de energia suportados pela CP com a operação do serviço”.
Nesta empreitada agora a concurso está prevista ainda a implementação de sete novas diagonais de contravia, alterações de ‘layout’ nas estações de Oeiras e Cascais e a criação de uma nova ligação ao Parque de Material de Carcavelos.
A empreitada está englobada no Plano de Modernização da Linha de Cascais, para o qual está previsto um investimento de cerca de cem milhões de euros.
O plano prevê ainda a construção de uma nova subestação de tração em Sete Rios, cuja empreitada está também em contratação, trabalhos de sinalização eletrónica, atualmente em curso, e a execução de sistemas de videovigilância e informação ao público (concursos em preparação).
A beneficiação de estações e apeadeiros, intervenções em passagens de nível e nos atravessamentos de nível em estações e apeadeiros (projeto em elaboração) e a supressão da passagem de nível rodoviária de São João, a última ainda em funcionamento na linha de Cascais (projeto em elaboração), são outros projetos incluídos neste Plano.
O Plano de Modernização da Linha de Cascais pretende “aumentar a sustentabilidade, económica e ambiental, a qualidade e a eficiência do serviço ferroviário de modo a incentivar a utilização do transporte publico para os milhares de pessoas que diariamente se deslocam para Lisboa”, destacou a IP.
Outros artigos que lhe podem interessar